Anais do Congresso Nacional de Estudos Culturais
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<p style="text-align: justify;">Os Anais do Congresso Nacional de Estudos Culturais são publicados com vistas a dar visibilidade às pesquisas em andamento ou concluídas expostas por meio de sessões orais quando da realização do ENEC, nas dependências do Campus de Aquidauana da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e que se inserem no campo dos Estudos Culturais, seja a partir de seus aspectos teóric--metodológico, político ou temático. </p>pt-BRAnais do Congresso Nacional de Estudos CulturaisO II CONGRESSO NACIONAL DE ESTUDOS CULTURAIS
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<p>Apresentação dos Anais do II CONGRESSO NACIONAL DE ESTUDOS CULTURAIS (PPGCult -CPAq- UFMS)</p>Aguinaldo Rodrigues GomesMiguel Rodrigues de Sousa NetoRobson Pereira da SilvaFabio da Silva Sousa
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2024-04-252024-04-2522A LUTA E A RESISTÊNCIA DO INDIVÍDUO SURDO FRENTE A UMA HISTÓRIA CULTURAL DE PRECONCEITOS E RELAÇÕES DE PODER
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<p>Historicamente a vida do sujeito surdo nunca foi fácil: uma cultura eugenista, preconceitos, isolamentos, abafamentos, histórias de vidas ceifadas sem o direito de poder crescer fizeram com que muitos surdos ao longo dos séculos morressem de forma cruel, uma relação de poder que fazia-se valer o direito daquele que oralizava (e que detinha o poder) ou pelo menos era capaz de falar os 5 sacramentos da igreja católica, frente a um grupo que se achava no direito de escolher quem vivia ou morria, ou quem iria ficar trancafiado dentro de casa por vergonha e sem direitos a interagir com outrem. Porém, existe nesta mesma época até os dias atuais uma luta e uma resistência no ato comunicativo da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), da luta, da busca por serem ouvidos, em um protagonismo surdo em busca de um direito bilíngue que sempre deveria ter acontecido. Sendo assim, o objetivo deste é despertar para a história cultural de resistência da comunidade surda bilíngue, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental que nos faz refletir sobre os preconceitos já existentes e o avanço do entender da comunidade surda. Para tanto faz-se necessário a pesquisa devido a importância do emergente tema na atualidade.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p><strong> </strong></p>Andreza Sales FerreiraHelen Paola Vieira Bueno
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2024-04-252024-04-2522A PARTICIPAÇÃO DO NEGRO NA GUERRA DO PARAGUAI/ GUERRA GUASU
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<p>Um dos papéis da história na escola é tornar o/a aluno/a capaz de pensar historicamente. Estudos que envolvam a Guerra do Paraguai/Guerra <em>Guasu<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><strong>[1]</strong></a></em> são necessários, inclusive sobre a participação do homem negro nesse evento, envolvendo o ensino. Objetivei estudar a participação do homem negro na Guerra com foco no ensino de história para o ensino médio (EM) na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS), analisando o Currículo de Referência e quatro coleções didáticas do estado na área de Ciências Humanas e Sociais para o EM. Conclui que existe uma unidade curricular que coloca na disciplina de História a participação do negro na Guerra, no entanto, a escola precisa optar por oferece-la e o/a aluno/a precisa escolher estuda-la. Para que interesse os/as jovens em estudar sobre os sujeitos da guerra, eles/as precisam ter contato com o tema primeiro nos livros didáticos, porém, nas coleções analisadas nenhuma apresentou tópicos sobre o tema.</p> <p> </p>Carlos Alberto de Almeida PassarinhoAna Paula Squinelo
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2024-04-252024-04-2522POR UMA HISTÓRIA DO FUNK SENSUAL
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<p>A pesquisa compõe parte do meu TCC onde abordo a autonomia sexual das mulheres negras, destacando como historicamente foram reprimidas e objetificadas. A colonização e a escravidão desenvolvem-se para a desvalorização de suas identidades e desejos. O surgimento do funk sensual permitiu que mulheres negras expressassem seus desejos e promovessem debates sobre prazer, autonomia sexual e prevenção. Através do documentário “Sou Feia Mas To Na Moda” de 2005 são apresentados testemunhos de mulheres faveladas que falam sobre aimportância do diálogo sobre sexo e a necessidade de desafiar estereótipos. O funk não apenas ofereceu entretenimento, mas também serviu como plataforma para a conscientização e empoderamento sexual das mulheres negras e faveladas.</p>Gabriela Farias Oliveira
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2024-04-252024-04-2522INTERSECCIONALIDADE E FEMINISMO NEGRO NO LIVRO “INSUBMISSAS LÁGRIMAS DE MULHERES” DE CONCEIÇÃO EVARISTO.
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<p>O presente artigo tem como objetivo realizar uma análise, a partir das teorias do feminismo negro e da interseccionalidade, da obra “Insubmissas lágrimas de mulheres” da escritora Conceição Evaristo. Pretende-se traçar uma discussão, na qual os caminhos de investigação propostos pela interseccionalidade e feminismo negro serão importantes no debate sobre a questão racial, de gênero e relações de poder. Conceição Evaristo trata esses temas pelo olhar da “Escrevivencia”, termo cunhado pela própria autora, para tratar a situação das mulheres negras e os dramas comuns das personagens presentes em sua obra, diretamente atravessadas pelo machismo, racismo e pelas questões de classe. No presente artigo analisaremos ainda o conto “Isaltina Campo Belo” que marca essa característica de escrita de Evaristo, a escrevivência.</p>Letícia Ribeiro Pereira
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2024-04-252024-04-2522INCLUSÃO, FACILIDADES E DESAFIOS
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<p> A educação no contexto atual, a partir da reivindicação de direitos e a luta pela justiça social de grupos minoritários, abre caminho para discussão de uma educação inclusiva e equitativa para todos e todas, o que inclui a pessoa com deficiência. Neste ínterim, o presente manuscrito tem por objetivo delinear aspectos relacionados à pessoa com deficiência, ao entendimento de inclusão docente e as facilidades e desafios do processo inclusivo em âmbito escolar. Trate-se de um estudo qualitativo de cunho descritivo, oriundo do estudo piloto parte da dissertação em andamento do Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Realizou-se entrevista semiestruturada com duas professoras (Helena e Joana) de Educação Física do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, por intermédio da plataforma digital Google Meet, com posterior transcrição dos dados no programa Transkriptor. Os dados oriundos deste estudo nos demonstram uma percepção de inclusão para além da teoria, relacionada ao fazer e estar junto. Ainda, no que tange as facilidades do processo de inclusão do contexto escolar, obtivemos que o apoio pedagógico e relação interpessoal discente são fatores facilitadores. Quanto aos desafios os dados versaram sobre: formação inicial que não contempla a perspectiva inclusiva. No que se refere a percepção de inclusão, as professoras se sentem inclusivas e buscam desenvolver aulas que abrangem todos e todas discentes.<br> </p>Luis Henrique Domingues Verão das NevesMarina Brasiliano Salerno
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2024-04-252024-04-2522EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
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<p>O processo de inclusão da pessoa com deficiência revela um histórico de momentos com aproximação e distanciamento desse grupo. Por um período essas pessoas frequentaram instituições especializadas, nas quais eram segregadas pela etiologia de suas condições. No que diz respeito à Educação Física Escolar, notamos o enfoque nas pessoas que apresentavam padrões de movimento estabelecidos às pessoas sem deficiência, ainda mais que os objetos de estudos eram focados na eugenia, na prática da ginástica e calistenia, logo os alunos com deficiência não necessariamente apresentariam os padrões de movimento que eram esperados. Assim sendo, o objetivo do presente texto foi apresentar e analisar a perspectiva da pessoa com deficiência sobre a Educação Física Escolar. Para isso, realizamos buscas por artigos no google acadêmico com as palavras-chave Educação Física escolar, inclusão e pessoa com deficiência. Foram selecionados aqueles que tiveram como participantes das pesquisas alunos e alunas com deficiência. Este estudo nos revelou que ainda existe a necessidade de pesquisarmos sobre qual é a perspectiva do aluno com deficiência para com as aulas de Educação Física e que muitas vezes, esta, se manifesta nos espaços escolares com um olhar centralizado no alto rendimento e passa a não compreender as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam para ocupar seus espaços e transmitirem suas linguagens através de suas expressões e de suas culturas corporais de movimento. Salientamos que há literaturas que descrevem a visão do professor em relação ao aluno com deficiência em suas aulas, e que a recíproca desse pensamento ainda é uma lacuna que precisa ser preenchida.<br><br></p>Mateus Fernandes Adriano NazaroMarina Brasiliano Salerno
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2024-04-252024-04-2522GESTÃO ESCOLAR E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
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<p> </p> <p>A educação inclusiva visa promover a participação e o aprendizado de todos, independentemente de suas diferenças, sendo necessário que as gestões escolares direcionarem suas ações para um caminho de ensino-aprendizagem equitativo. Assim, o estudo objetiva levantar dados sobre a gestão escolar e suas percepções concernentes à educação inclusiva. Para isso, realizou-se uma busca no Google Acadêmico e no Portal de período da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizando os descritores: gestão escolar, formação docente e educação inclusiva. Foram encontradas oito pesquisas, tendo como critério de inclusão estudos que relacionassem a gestão escolar e educação inclusiva, publicados entre 2019 e 2023. Os resultados apontaram para a existência de lacunas significativas no conhecimento e na formação dos gestores, bem como a falta de apoio institucional e governamental adequado.</p>Nayane Vieira de Lima MiyashiroMarina Brasiliano Salerno
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2024-04-252024-04-2522O NEGRO-VIDA SOBRE O BRANCO-VIDA
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<p>A partir do campo dos Estudos Críticos da Branquitude (ALVES, 2012; KILOMBA, 2019; SCHUCMAN, 2020; SOVIK, 2009) e dos conceitos e críticas de Guerreiro Ramos (1995) e Lourenço Cardoso (2020) como, “negro-tema”, “negro-vida”, “patologia social do branco brasileiro” e “Branco Drácula”, no presente artigo tenho como objetivo geral tecer algumas considerações sobre pesquisadores brancos do negro-tema, de modo a evidenciar que a produção científica de autoria branca não é neutra, mas também socialmente localizada e interessada, e que ao criar o Outro ela cria a si mesma (CARNEIRO, 2023; OLIVEIRA, 2023).</p>Rafael Dantas de Oliveira
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2024-04-252024-04-2522OS ESTUDOS CULTURAIS E A EDUCAÇÃO NA TRILHA DOS NOVOS (OUTROS) CURRÍCULOS
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<p>O presente artigo pretende fazer uma análise dos novos currículos que vão emergindo no contexto da educação pós-pandemia. Pretende conduzir o leitor à noção de articulação, ampla e distinta entre os campos do saber. Essa articulação é uma das tarefas mais importante dos Estudos Culturais no campo da Educação. Aliás, uma das contribuições mais significativas que os Estudos Culturais trouxeram para a Educação foi justamente reformular nossos ângulos de visão e leitura de mundo, reorganizar o pensamento e aguçar nossas lentes. Neste contexto, não é possível desvincular a noção de currículo, uma vez que ele é ferramenta importante para inaugurar um outro modo de ver e pensar a Educação. E como consequência disso, outros modos também de ver e pensar o Currículo e a pedagogia em nosso tempo. Através de um método analítico, traremos para a discussão alguns autores como: Marisa Vorraber Costa, Maria Lúcia Castagna Wortmann, Tomaz Tadeu da Silva, Miguel Gonzalez Arroyo, Lawrence Grossberg. Com esses teóricos, levantaremos a questão: quais são as contribuições dos Estudos Culturais às pesquisas sobre Currículo? Será feito uma revisão dessas pesquisas, nas trilhas dos novos currículos.</p>Wilson Marques DiasJanete Rosa da Fonseca
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2024-04-252024-04-2522O BALÉ CLÁSSICO E AS OUTRAS
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<p>O presente artigo propõe uma discussão crítica, conduzida por reflexões contidas no âmbito dos Estudos Culturais, acerca da legitimação das danças afrodiaspóricas brasileiras como produção cultural. Sendo o Brasil, segundo o último censo, composto em sua população por mais de 56,1% de pessoas negras, as heranças coloniais permanecem por meio da constante confirmação da cultura eurocêntrica, que enaltecem e incentivam a centralidade de danças de caráter hegemônico como o balé clássico, ignorando as influências dos demais povos que compõem a cultura brasileira. O presente evento induz um cenário cultural frágil, de disputa e comparação com o objetivo de manter-se um padrão e distorce a importância das contribuições das manifestações artísticas dançantes com influências africanas, foco do presente trabalho.<br><br></p>Marina Nascimento Silva SouzaMarina Brasiliano Salerno
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2024-04-252024-04-2522TRADIÇÃO E SIMBOLISMO
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<p>Este estudo investigou o significado da cor branca em procissões religiosas católicas contemporâneas, com foco em sua associação com a paz, fé e devoção. A pesquisa revelou que a cor branca é percebida como um símbolo de pureza e paz, criando uma atmosfera de serenidade nas celebrações litúrgicas. Além disso, a cor branca é vista como uma expressão de fé e devoção, fortalecendo a conexão espiritual com a divindade. Este estudo destaca a relevância cultural e religiosa da cor branca, unindo pessoas em uma mensagem compartilhada de esperança e paz espiritual nas procissões religiosas.</p>Marcos Daniel da Silva Oliveira
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2024-04-252024-04-2522