https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/issue/feed Revista Trilhas da História 2024-02-16T19:03:28+00:00 Mariana Esteves de Oliveira mariana.esteves@ufms.br Open Journal Systems <p><strong>ISSN 2238-1651 (online)</strong></p> <p style="text-align: justify;">A Revista Trilhas da História, periódico vinculado ao curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, completou em julho de 2021 uma década de contribuições para a pesquisa histórica em Mato Grosso do Sul. Seu propósito, desde o primeiro número, foi de atuar como uma via de mão dupla para a divulgação das pesquisas e atividades produzidas por docentes e discentes do curso de História do CPTL, ao mesmo tempo em que se oportuniza ao público nacional uma possibilidade de divulgação científica de qualidade, pautada em ética e compromisso profissional.</p> https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20006 APRESENTAÇÃO DE DOSSIÊ 2024-01-13T18:11:49+00:00 Ana Maria Colling acolling21@yahoo.com.br Ary Albuquerque Cavalcanti Júnior ary.junior@ufmt.br <p>Em 2023 completamos quase seis décadas do golpe civil-militar que culminou em um dos períodos mais tenebrosos de nossa história nacional, que durante 21 anos causou terror e morte a muitos brasileiros e brasileiras. Práticas repressivas, pessoas exiladas, torturas físicas e psicológicas, pessoas perseguidas, censura, atraso na educação, repúdio aos símbolos nacionais como o hino, a bandeira, são questões que merecem a atenção de todos/as historiadores/as. Hoje, mais do que nunca, é necessário protagonizar debates que relatem e analisem a ditadura militar no Brasil. Assistimos, na atualidade, uma escalada autoritária e negacionista nos mais diversos espaços sociais, por este motivo, entre outros, a urgência em fortalecer a ciência e proporcionar produções e debates sobre a temática. Refletir sobre os diferentes impactos dos anos de Ditadura Militar na sociedade, do ontem e do hoje, bem como os impactos e influências, nas famílias, nos, comportamentos, na imprensa e na educação são urgentes, especialmente no campo historiográfico. Dessa forma, o presente dossiê recepciona estudos que dialogam com a temática da Ditadura Militar em suas variadas abordagens, perpassando a resistência e trajetória política de pessoas e/ou grupos, mulheres, movimentos negros, indígenas, quilombolas, LGBTQIA+, corpo, educação, operação Condor, etc. Também compreendemos a necessidade de dialogar com estudos que destaquem as distintas representações em periódicos, filmes, séries, músicas, literatura, e demais formas de expressão artística, reafirmando a arte como um meio de luta e resistência política durante os processos de repressão política. O presente dossiê, também atribui destaque especial para o ensino de história, pois durante o período ele foi censurado, monitorado pelos militares e seus agentes, reverberando um projeto político tecnicista e distante do conhecimento crítico e libertário. Assim, trabalhos que versam sobre o ensinar história na ditadura militar, bem como como reflexões entre a ditadura militar e a atualidade em sala de aula, tais como práticas, uso de fontes, etc, foram bem vindos.</p> 2024-01-13T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18725 RAÇA, RACISMO E SUBVERSÃO: AS CARACTERÍSTICAS DA NARRATIVA DA DITADURA BRASILEIRA (1964 - 1986) SOBRE A LUTA ANTIRRACISTA NOS DOCUMENTOS DE INTELIGÊNCIA 2024-01-13T18:11:50+00:00 Marcelo José Domingos marcelojosedomingos@gmail.com <p class="p1">Este artigo discute o papel da subversão como parte da retórica do Estado sobre o ativismo negro encontrada nos arquivos de inteligência produzidos pelo Sistema Nacional de Informações durante a ditadura (1964 - 1986). Também analiso a cartilha ‘A Subversão’, de 1983, documento que encontrei nos arquivos da Secretaria de Segurança Pública – Arquivo Público do Distrito Federal. Esta seção é parte de uma extensa investigação sobre o ativismo negro do Distrito Federal — <em>A Cidade Modernista, Repressão Racial e Resistência Política: Recuperando Narrativas de Segurança Nacional e Ativismo Negro em Brasília, Brasil (1978 - 1988)</em>, na qual pesquiso e analiso arquivos confidenciais e secretos sobre O ativismo negro brasileiro produzido nos últimos anos da ditadura militar brasileira. Ao investigar conceitos de democracia racial, nação e anti-subversão em arquivos de inteligência e usando abordagens de <em>Critical Archives Studies</em>,<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>demonstro como o estado brasileiro elaborou sua narrativa de raça dentro da máquina burocrática, negando a existência de preconceito racial e agência política negra . Minha pesquisa também incorpora uma perspectiva história vista de<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>baixo<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>por meio da análise dos testemunhos orais de ativistas negros e seu papel no complexo cenário político do Brasil na década de 1980.</p> 2024-01-13T02:17:12+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19328 O "CASO DOS ANGOLANOS”: PRISÕES E TORTURA DE ESTUDANTES AFRICANOS DURANTE O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964 NO BRASIL 2024-01-13T18:11:50+00:00 Viviane de Souza Lima viviane.lima@alu.ufc.br <p>Em 1964, logo após o golpe civil-militar que derrubou o governo de João Goulart (1961-1964), um grupo de estudantes africanos, que estava legalmente no País, foi vítima do autoritarismo e da violência da ditadura. Em nossa pesquisa, identificamos seis estudantes que foram presos sob acusação de atividade subversiva e antibrasileira em território nacional, mas sem qualquer prova. O revés diplomático é ainda mais escandaloso porque dois deles haviam sido bolsistas do Ministério das Relações Exteriores. O caso mais grave foi do angolano José Lima de Azevedo, encarcerado por mais de 400 dias e torturado. O mais absurdo é que, anos antes, em 1961, o governo brasileiro instituiu uma política externa que priorizava a África como aliada comercial e criou o programa de bolsas de estudos para africanos. O objetivo deste artigo é compreender como a ditadura brasileira se prestou a servir como um braço da Polícia Política Portuguesa (PIDE) que, segundo documentos encontrados nesta pesquisa, atuava no Brasil para coibir a rede de solidariedade do Movimento Afro-Brasileiro Pró-Libertação de Angola (MABLA). Pretendemos evidenciar e problematizar os verdadeiros motivos da prisão dos estudantes africanos e quais foram as forças envolvidas para se evitar que o governo militar os enviasse para Portugal, onde, provavelmente, seriam punidos pela polícia repressora do governo de António de Oliveira Salazar (1889 – 1970).</p> 2024-01-13T02:22:04+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19413 TRAVESTILIDADES E DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA (1964-1985): HISTÓRIA, INVISIBILIDADES E AS SEXUALIDADES CONSIDERADAS DISSIDENTES 2024-01-13T18:11:51+00:00 Bruno do Prado Alexandre brunoroo125@hotmail.com <p>Este trabalho propõe uma discussão sobre travestilidades e suas interfaces com a ditadura civil-militar brasileira. Reconhecer que as travestilidades possuem uma história é algo que identifica as travestis enquanto sujeitas históricas que interagem a todo tempo com o cenário social ao qual estão inseridas. Produzir narrativas em torno dessas identidades implica em um esforço epistemológico em direção à identificação das fontes e às indagações, ante os silêncios, indiferenças e ausências da História. &nbsp;Por meio de fontes audiovisuais, é possível inquirir os silêncios acerca das travestilidades em interface com o cenário autoritário vivenciado no Brasil e fazer emergir outras possibilidades nesse processo por visibilidade e disputa por memórias e narrativas. A ideia de uma suposta decadência moral e social e a compreensão em torno do combate por vias morais e sexuais fez com que as sexualidades localizadas dentro das dissidências normativas se tornassem alvo de práticas violentas de encarceramento e eliminação, que filiadas à perspectivas higienizadoras buscaram “limpar” dos espaços urbanos aqueles e aquelas que “poluíam” e “corrompiam” a duvidosa coerência e homogeneidade dos espaços normativos. Marcas de classe e raça, nesses termos, atenuaram e potencializam a abjeção a esses corpos. É fundamental que a história seja compreendida como fruto de disputas e processos interpretativos que, condicionados por dispositivos de poder, pode desconstruir e nobilitar as histórias sobre o período ditatorial, tão marcado pela presença masculina, trazendo à baila outras perspectivas miradas a partir de narrativas dissidentes.</p> 2024-01-13T02:26:06+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19455 INÊS ETIENNE ROMEU: A RESISTÊNCIA DE UMA MULHER EM DEFESA DA MEMÓRIA 2024-01-13T18:11:52+00:00 Ana Maria Colling acolling21@yahoo.com.br <p>Este texto conta a história da prisão de Inês Etienne Romeu, presa pela ditadura militar brasileira como militante subversiva que defendia a democracia e a liberdade. Inês Etienne passou para a história como a bravamulher sobrevivente à Casa da Morte, denunciou, em 18 de setembro de 1971, ao país através da OAB e a Comissão da Verdade o local da casa em Petrópolis, Rio de Janeiro, o codinome e o nome dos carcereiros e torturadores, assim como o nome de vítimas que por lá passaram. Acompanha o texto excertos do documento da Comissão de Direitos Humanos da OAB com o depoimento de Inês Etienne. Nesta luta entre a resistência e a ditadura ela foi a vencedora pois sobreviveu para contar sua história e a localização da casa ondefoi a única, a sair viva. Na disputa de narrativas sobre a ditadura militar no Brasil, o depoimento desta valente mulher presta um serviço à memória.</p> 2024-01-13T02:33:59+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19456 A CENSURA EM TRANSE: “DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL” E “TERRA EM TRANSE” NOS PARECERES DE CENSURA DO SCDP 2024-01-13T18:11:52+00:00 Ítalo Nelli Borges italo.nborges@gmail.com <p>O Serviço de Censura e Diversões Públicas foi um importante órgão da burocracia estatal da ditadura civil-militar brasileira exercendo censura prévia de obras artísticas podendo vetar ou liberar sua exibição e execução. O artigo a seguir identifica, analisa e problematiza, nos termos da recepção cinematográfica, oito pareceres de censura dos filmes “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Terra em Transe” (1967), ambos dirigidos pelo cineasta Glauber Rocha. Figura importante no que ficou conhecido como Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro de vanguarda atuante no período de implantação da ditadura, seus filmes geraram repercussão às épocas de lançamento pela crítica político-social, perdurando como ícones até atualidade. Através da estética da recepção, utilizando as percepções de Hans Rober Jauss como parâmetro&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; , objetiva-se compreender as diferentes chaves de leitura fílmica emitida pelos pareceristas do SCDP de modo a entender a relação histórica entre obra, autor, receptor e contexto histórico.</p> 2024-01-13T02:32:07+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19240 O TEATRO SOB A VIGILÂNCIA DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES (SNI): O CASO RUTH ESCOBAR E A PEÇA REVISTA DO HENFIL 2024-01-13T18:11:53+00:00 Paula Carolina Firmino de Lima paulacarolinaufpb@gmail.com <p>Este artigo objetiva analisar a vigilância que foi feita pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) sobre o setor teatral, notadamente sobre a atriz e produtora teatral Ruth Escobar e o espetáculo Revista do Henfil que foi por ela dirigido. Para tanto, utilizamos como fontes documentos produzidos pela Agência Recife do SNI, repassados pelo Arquivo Nacional à Comissão Estadual da Verdade e Preservação da Memória do Estado da Paraíba (CEVPM-PB), e que são caracterizados como sensíveis, pois são arquivos frutos da repressão, produzidos por órgãos de segurança e informação durante períodos de ausência da democracia (Bauer &amp; Gertz, 2009). Somado a isso, também partimos de pesquisa de teor bibliográfico para apresentar o processo de desenvolvimento envolvendo a atividade de informações no Estado brasileiro até 1964, ano em que é criado o SNI, órgão que durante a ditadura militar no Brasil exerceu, trazendo à tona expressão usada pelo seu próprio criador, o general Golbery do Couto e Silva, monstruosa atividade, tendo sido a sua história marcada por forte autoritarismo e grande grau de infiltração na sociedade brasileira daquele momento.</p> 2024-01-13T02:41:34+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18316 O PAPEL DO RISO E DO ESCÁRNIO NAS CHARGES DE HENFIL: MEMÓRIAS RESSENTIDAS DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA 2024-01-13T18:11:53+00:00 Dayse de Jesus Rocha dayserochaj@gmail.com <p>A história e o historiador produzem o diálogo composto pelo entrelaçamento das memórias percebidas e não percebidas e os sentidos dados a elas pelos sujeitos. Dentro desta perspectiva de memória, nasce a inquietação de investigar, qual o papel do riso. Se ele é sentido ou ressentido, no contexto da ditadura civil militar entre os anos de 1960 a 1980. O objetivo desta pesquisa consiste, portanto, em fazer um estudo das charges criadas pelo cartunista Henrique de Sousa Filho (<em>Henfil) </em>e seu trabalho realizado no semanário, <em>O Pasquim, </em>bem como, a forma que elas foram trabalhadas no contexto de censura e ditatorial do Brasil<em>.</em> Nesse propósito, serão trabalhados os conceitos de memória, ressentimento, riso, humor político e as formas de como esses afetos transitam no meio social e coletivo. Através do saber histórico e as formas recentes do fazer história, surgem novas práticas discursivas e, uma nova posição é assumida pelo sujeito numa determinada conjuntura histórica. Desta forma, para entender como parte de um processo de linguagem funciona, será feita uma reflexão sobre quem a realiza, onde se realiza, através de quais meios, as motivações que impulsionam a ação. Desta maneira, recorro às charges de Henfil, lançadas na revista Fradim em 1972, como recorte documental, com o intuito de viabilizar o entendimento da ação artística, suas linguagens e a forma que estas revelam intenções que vislumbram mudanças nas políticas públicas, de modo, a alcançar todas as classes sociais, através do conjunto dos rastros deixados pela construção das memórias e dos traumas ocorridos nas sociedades.</p> 2024-01-13T02:51:57+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18709 "A SORTE QUE É NOSSO NORTE": UMA HISTÓRIA DA DITADURA MILITAR APRESENTADA NA DRAMATURGIA DE PAES LOUREIRO 2024-01-13T18:11:54+00:00 Luan Erick Lima Sanches luanlimasanches.ls@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Propõe-se neste artigo o resultado parcial do estudo sobre a resistência presente nas literaturas de testemunho sobre a Ditadura militar na Amazônia brasileira, em específico no Pará. Para tal empreendimento, pretende-se analisar as narrativas do trauma presentes na obra </span><em><span style="font-weight: 400;">A</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">Ilha da Ira</span></em><span style="font-weight: 400;"> João de Jesus Paes Loureiro a partir das memórias ficcionalizadas do período. Em contraste com a história, o imaginário produzido pela imprensa e pelos documentos oficiais pode manifestar matizes diferentes na discussão sobre o período; o olhar mira coadjuvâncias, figurações e cenários que a história compõe junto à literatura. Intenciona-se entender a experiência presente nesta obra, entre memórias e verossimilhanças. A pesquisa volta-se à identificação e análise desses saberes históricos, com vistas a verificar como evidenciam e proporcionam organicidade à elaboração memorialística, ao mesmo tempo em que enfatizam a conduta resistente. </span></p> 2024-01-13T14:01:38+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19443 PAULO SCHILLING: O INTELECTUAL QUE A DITADURA CIVIL-MILITAR TENTOU CALAR 2024-01-13T18:11:55+00:00 Bruna dos Santos bstruna@gmail.com <p class="Textocompleto" style="line-height: normal;">Este trabalho buscou trazer a luz da história social e política a trajetória do jornalista gaúcho Paulo Schilling. O excerto apresentado aqui faz parte de uma pesquisa que resultou na dissertação de Mestrado em História. Por isso, procuramos evidenciar a figura e o perfil do jornalista, que atuou em meados de 1950 e 1960 pela reforma agrária e pelos direitos de trabalhadores rurais. Em 1964 teve que se exilar por conta da perseguição que passou a sofrer pelo DOPS, juntamente com outros companheiros da esquerda. Sua história recebeu destaque porque atuou na luta contra a ditadura militar, o que lhe trouxe o ônus de voltar ao Brasil apenas na década de 1980. Seu repertório intelectual merece ser analisado, pois traz consigo inúmeras discussões sobre a sociedade brasileira e soluções para problemas relacionadas a má gestão pública das políticas governamentais. Paulo Schilling é mais um brasileiro que teve sua voz silenciada pelo golpe de 1964, e por isso este trabalho vai procurar emergir a sua história</p> 2024-01-13T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19452 O PAÍS FEITO POR ELES: PROPAGANDA E MEMÓRIA DA DITADURA MILITAR EM “O BRASIL” (2014), DE JAIME LAURIANO 2024-01-13T18:11:55+00:00 Nathália Santos Ferreira professoranathaliasan@gmail.com Luísa Estanislau Soares de Almeida luisa.estanislau@gmail.com Tereza Maria Spyer Dulci terezaspyer@gmail.com <p>Este artigo busca fazer um exercício de reflexão sobre as imagens das propagandas oficiais da ditadura militar brasileira (1964-1985) tendo como objeto de análise <em>O Brasil</em> (Jaime Lauriano, 2014), obra constituída por uma colagem de arquivos históricos jornalísticos, sonoros e audiovisuais. Tendo como foco principal os filmetes, peças publicitárias-televisivas oficiais que exaltam alegria, patriotismo e nacionalismo, procuraremos investigar as estratégias discursivas dessas imagens e dos <em>jingles </em>que as embalam. Buscaremos ainda pensar sobre a força dessas propagandas em uma sociedade na qual a televisão era uma novidade à época. Por fim, apresentaremos algumas reflexões sobre as aproximações entre o ofício do/a artista e o ofício do/a historiador/a, assim como sobre a disputa pela memória da última ditadura militar brasileira diante de um contexto contemporâneo em que o extremismo político de direita é um fenômeno social pautado, entre outros princípios, pelo desejo de intervenção militar.</p> 2024-01-13T14:23:47+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19449 IMPRENSA DE RESISTÊNCIA AO REGIME EMPRESARIAL-MILITAR NO BRASIL (1964-1988) NO ACERVO DA BIBLIOTECA NACIONAL: ARQUIVO, HISTORIOGRAFIA E MEMÓRIA POLÍTICA 2024-01-13T18:11:56+00:00 Bruno Leonard Simas Brasil brunobrasil@edu.unirio.br <p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo aborda-se a presença de 441 títulos da imprensa de resistência à ditadura empresarial-militar no Brasil (1964-1988) no acervo da Biblioteca Nacional do país. Explora-se o que ela evoca, como dispositivo narrativo e rastro documental ligado a uma postura de rememoração engajada em particular, do “lembrar para nunca mais repetir” a experiência da ditadura. Aqui, o debate da historiografia recente do período é usado para abordar questões interpretativas tanto do golpe de 1964 quanto da natureza do regime subsequente. Caracteriza-se a imprensa de resistência, em proposta de novas leituras sobre a mesma, cotejando-se diálogos entre os discursos da memória política e dos direitos humanos, bem como formulações arquivísticas como promotoras de repertórios de agenciamento social.</span></p> 2024-01-13T14:54:56+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19427 POR ENTRE FOTOS E NOMES: A TÊNUE LINHA ENTRE O PESSOAL E O FAMILIAR DURANTE A DITADURA MILITAR BRASILEIRA 2024-01-13T18:11:57+00:00 Caroline Rios Costa carolriosc@gmail.com <p>Durante a ditadura militar, a ação política engajada e consciente de adultos militantes muitas vezes afetavam membros de sua família que não faziam parte da militância, ou mesmo tinham poder de decisão para tal. As crianças, em sua grande maioria filhos e netos, estavam suscetíveis a serem afetadas direta ou indiretamente tanto pela escolha política de seus parentes mais velhos quanto pelo aparato repressivo que os perseguia. Em função de suas idades e do local social que ocupavam, não há como dissociar suas experiências potencialmente traumáticas do contexto familiar e dos indivíduos que fazem parte dela. Assim, o objeto deste artigo é pensar a relação entre família, militância, repressão e experiências particulares sob o ponto de visto dos filhos da militância. Como fonte, são utilizados o documentário 15 filhos (1996) e o livro Infância Roubadas, crianças atingidas pela Ditadura Militar no Brasil (2014).</p> 2024-01-13T15:18:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19323 TRILHAS DA JUSTIÇA: REVISITANDO A LEI DE ANISTIA DO BRASIL (LEI Nº 6.683/1979) E SEUS IMPACTOS NA JUSTIÇA TRANSICIONAL 2024-01-19T19:36:17+00:00 Luiz Antonio Dias luizhistoria@yahoo.com.br <p>Propomos, nesse artigo, analisar o contexto histórico e político que levou à promulgação da Lei da Anistia (Lei nº 6.683/1979) no Brasil em 1979, bem como os desdobramentos desse modelo de anistia, discutindo a legislação posterior vinculada a esse tema e a justiça transicional. Avaliar os impactos da Lei da Anistia no processo de justiça de transição no Brasil e sua relação com a garantia dos direitos humanos. Analisar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153 e seu papel na reinterpretação da Lei da Anistia, considerando seus desdobramentos jurídicos e políticos. Também propomos uma reflexão sobre políticas de memória que possam contribuir para o debate na sociedade e na educação, como forma de fortalecer a narrativa da importância dos princípios democráticos. Analisar o "revisionismo" e "negacionismo" relacionados ao Golpe Civil Militar de 1964 e à Ditadura Militar. Tomamos como fontes a legislação sobre o tema, em especial a Lei da Anistia (Lei nº 6.683/1979) e a ADPF 153. Nesse sentido, é fundamental destacar que uma das etapas essenciais da metodologia de análise de legislação é a leitura e interpretação minuciosa do texto legal. É crucial considerar o contexto histórico, social e político em que a lei foi promulgada, bem como sua relação com outras normas jurídicas e princípios constitucionais.&nbsp;</p> 2024-01-13T15:24:04+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18897 SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO: O DESENVOLVIMENTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL SECUNDARISTA NO COLÉGIO ESTADUAL CENTRAL DE BELO HORIZONTE ENTRE 1964 E 1977 2024-01-13T18:11:58+00:00 Bruno Geraldo Guimarães Gonçalves bruno.guimaraes@educacao.mg.gov.br Vera Lúcia Nogueira vera.nogueira@uemg.edu.br <p>Este artigo pretende elucidar sobre o Movimento Estudantil secundarista do Colégio Estadual Central de Belo Horizonte entre os anos de 1964 e 1977. O recorte temporal se justifica na medida em que representa o período que demarca o cerceamento e a reorganização do movimento na instituição de ensino durante a Ditadura Civil-Militar a partir da criação da Comissão Pró-Grêmio. O Movimento Estudantil foi um dos importantes canais de oposição ao regime autoritário que se instituiu no país com o golpe civil-militar de 1964 (RIDENTI, 2014). Em consequência a essa posição, medidas autoritárias foram tomadas em demasia contra aqueles que se opunham ao governo, cenário que se reproduziu no interior do Colégio Estadual, o que levou os secundaristas a se posicionarem contra todo o autoritarismo e a perseguição que lhes eram impostos pela direção e por agentes da repressão. Em relação ao aporte teórico, o estudo se constituiu perante o diálogo entre a História Cultural e a História Política, algo que vem ganhando destaque em estudos no campo da História da Educação. Para a construção desta pesquisa, recorremos à documentação escolar (MORAES, 2005) referente ao recorte, a relatos de orais de egressos que atuaram no Movimento Estudantil de oposição do Estadual Central dentro da perspectiva da História Oral (THOMPSON, 1998), bem como à análise de conteúdo (BARDIN, 1971) de textos publicados no jornal <em>Caminhando contra o vento,</em> um impresso estudantil produzido no Central na década de 1970.</p> 2024-01-13T15:30:50+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18713 GOLPE DE ESTADO E PLANEJAMENTO EM FEIRA DE SANTANA, BAHIA, BRASIL (1964-1967) 2024-01-13T18:11:58+00:00 Camila Ferreira de Souza cscamilafs@gmail.com <p>Uma cidade no interior da Bahia, que os políticos optaram por disputar e se adequar as medidas do Governo Federal, que resultaria na reorganização política e económica do aparato político de exercício do poder em Feira de Santana durante a Ditadura Militar. Para realizar esse estudo, enfatizamos as trajetórias de políticos, seus partidos e os grupos sociais que esses representam, para analisar os interesses e os projetos de cada fração de classe.</p> 2024-01-13T15:41:51+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18400 A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA DO MILITARISMO EM RONDÔNIA: NOS CONTORNOS DE UMA CONTINGÊNCIA 2024-01-13T18:11:59+00:00 Rodrigo Tavares Godoi rodrigo.godoi@unir.br <p>A experiência estética do militarismo em Rondônia depende de uma contingência que aqui a chamamos de bolsonarismo. Diante essa contingência do evento do populismo de direita, tem-se nesse estado da federação o espírito nostálgico que energiza uma imagem-originária incorporando o lema da missão, da moral e do trabalho. Assim, concentrar-se em como esse lema, que ocupa lugar-comum político-religioso, aponta para um índice do rondoniense pertinente a fim de compreender o cenário que nos arrasta para o interior de uma batalha. Essa batalha pode ser entendida somente se olharmos para em como a representação transita entre a experiência-percepção e a crise da referência. Um problema que devemos encarar de perto considerando que para essa finalidade devemos nos ocupar com ideias de história de Rondônia e com a expectação do tempo no cotidiano. Um caminho a ser realizado conduzindo para o interior da representação a ambivalência de oposição. Nestes termos, analisar com vistas para a pertinência empírica, incorreremos em querelas carregadas de aporias envolvendo intelectuais como Frank Ankersmit, Jacques Derrida e Henri Bergson que irão testar nossa habilidade de lidar com abordagens complexas que visam estreitar as dimensões da representação tendo como saída, a experiência estética do (re)sentir.</p> 2024-01-13T15:46:53+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19457 A CONSTRUÇÃO DE UMA NAÇÃO EDUCADORA: A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS NA DITADURA CIVIL-MILITAR 2024-01-13T18:11:59+00:00 Stefany dos Santos Antonio stefanydossantosantonio@gmail.com Ione da Silva Cunha Nogueira ione.silva@ufms.br <p>Esse artigo tem como objetivo, proporcionar reflexões sobre o período à ditadura civil militar brasileira (1964-1985) e seus impactos na educação, em especial no processo de alfabetização ainda insipiente especialmente na fase inicial de tal período. Como a alfabetização foi enxergada pelos militares, no período em que estiveram no poder, se houve investimentos ou sucateamento. Quais as consequencias deixadas por sua implantação.</p> 2024-01-13T16:18:09+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19226 O GOVERNO EMPRESARIAL-MILITAR E AS CONDIÇÕES DO TRABALHO DOCENTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 2024-01-13T18:12:00+00:00 Victor Coqueiro de Sousa coqueirovictor@gmail.com Paulo Fioravante Giareta pfgiareta27@yahoo.com.br <p>Este estudo teórico-analítico procura abordar a relação entre o modelo de governança empresarial-militar da década de 1960 a 1980 no Brasil e a produção das condições de trabalho docente no contexto brasileiro, a partir da experiência do Estado de São Paulo. Tem crescido o número de pesquisas sobre o assunto e, visando colaborar com o tema, propomos uma análise das raízes históricas da influência do regime militar nas políticas públicas educacionais e, consequentemente, no trabalho docente. No corpo do texto, além do foco principal, abordamos algumas das truculências características do regime militar e seu desdobramento histórico, buscando relacionar os acontecimentos passados com certas questões no tempo presente. Portanto, o objetivo deste trabalho é verificar se a literatura nos apresenta elementos que tornem possível indicar uma relação entre o modelo empresarial-militar e a precarização das relações de trabalho, tendo como referência o estado de São Paulo e também o contexto brasileiro. Para isso, utilizou-se uma análise documental e bibliográfica. O trabalho aponta que, de fato, parece ter ocorrido um processo de precarização nas condições de trabalho docente no estado de São Paulo, tendo como base histórica o período do regime militar.</p> 2024-01-13T16:22:38+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19378 “VOCÊ NÃO SABE O QUANTO NÓS CAMINHAMOS PARA CHEGAR ATÉ AQUI”: OS DEBATES PIONEIROS SOBRE ENSINO DE HISTÓRIA DIANTE DAS REFORMAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS (DÉCADAS 1960-80) 2024-01-13T18:12:00+00:00 Sandra Regina Mendes srmendesba@gmail.com Lívia Diana Rocha Magalhães liviadianamagalhaes@gmail.com <p>Objetiva-se analisar os debates acerca do ensino de História diante de reformas educacionais instituídas a partir da década de 1970, através das trajetórias de historiadoras que foram pioneiras particularmente no contexto de luta contra a implementação da área de Estudos Sociais, prevista na Lei 5.692/1971, imposta pela ditadura militar. Situar os debates estabelecidos por esse grupo de intelectuais permite interlocuções com questões ainda cadentes sobre a compreensão referente ao ensino de História na escola e nas licenciaturas e os seus limites diante das políticas educacionais brasileiras, em especial, aquelas que visam destituir a potência do conhecimento histórico. Toma-se como suposição que o grupo elaborou um conhecimento sistematizado e situado dentro de um contexto histórico desafiador, autoritário, mas que até hoje serve de marco de memória (HALBWACHS, 2004) para um coletivo de historiadores/as que discute a temática de ensino, mesmo considerando os acúmulos teóricos e experiências obtidos nos contextos pós-ditadura. Considera-se que a memória social é indissociável do contexto de sua produção – marcos sociais (HALBWACHS, 2004) – e das relações que se estabelecem entre experiências vividas (THOMPSON, 1981) e memória (ARÓSTEGUI, 2004).</p> 2024-01-13T16:28:27+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18919 A DITADURA MILITAR E O ENSINO DE HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL: ENTRE DILEMAS E CAMINHOS 2024-01-13T18:12:01+00:00 Ary Albuquerque Cavalcanti Junior ary.junior@ufmt.br Jiani Fernando Langaro jflangaro@ufg.br <p>O artigo discute os desafios e possibilidades para o ensino de história regional e local, no que tange ao tema da ditadura militar no Brasil. Reconhece as dificuldades que permeiam o ensino de tão delicado tema, que muitas polêmicas ainda suscita na sociedade brasileira, em um contexto atual, em que a educação é marcada por censuras e perseguições a docentes. No entanto, frisa a necessidade de se trabalhar esse tema em sala de aula e levanta um rol de possibilidades para superar os principais desafios que se colocam ao trabalho docente. Entre eles estão a abertura de espaço na grade curricular para o ensino de história regional e local, a construção de material didático – geralmente indisponível sobre o tema nos recortes espaciais enunciados –, dentre outros. Para tornar a proposta ainda mais clara, apresenta-se o estado da Bahia e o Oeste do Paraná como possibilidades para esse ensino, no intuito de oferecer aos/às docentes uma espécie de guia de trabalho. Como objetivo central, busca-se por meio do ensino de história regional e local a superação da concepção de que não houve repressão e autoritarismo do regime militar fora dos grandes centros da região Sudeste do Brasil.</p> 2024-01-13T16:33:40+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19322 “INTERVENÇÃO MILITAR JÁ": ABORDAGENS DA DITADURA MILITAR NOS LIVROS DIDÁTICOS 2024-01-13T18:12:02+00:00 Bruna Baliza dos Santos Doimo bbdoimo@yahoo.com.br Marcela de Oliveira Santos Silva marcela.oliveir@yahoo.com.br <p>Com a derrota nas eleições, seguidores de Bolsonaro saíram às ruas em protesto, clamando por intervenção militar. O ponto alto desse evento foi em janeiro de 2023, quando grupos extremistas invadiram prédios do governo federal, convocando um golpe militar com o intuito de minar os alicerces democráticos. Essa tentativa de promover um discurso pró-ditadura nos leva a indagar por que tais indivíduos não parecem compreender as sérias consequências de um estado de exceção. O que motiva essas pessoas a clamarem por intervenção militar, mesmo após terem tido contato com os estudos históricos que exploram esse tema durante seu período de formação escolar? Será que há discordâncias entre o que é dito pela historiografia sobre o tema? A partir dessas indagações, o objetivo deste artigo é traçar um breve panorama de como a historiografia abordou o golpe de 1964 e como esse evento é apresentado nos materiais didáticos contemporâneos.</p> 2024-01-13T16:37:52+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20007 APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS LIVRES E ENSAIOS DE GRADUAÇÃO 2024-01-13T18:12:02+00:00 Dolores Puga dolores.puga@ufms.br Mariana Esteves de Oliveira mariana.esteves@ufms.br Maria Fernanda Marialva Finazzi marialvamariafernanda@gmail.com Rubia Dara Leão de Jesus rubialeao2017@gmail.com <p>REVISTA ELETRÔNICA TRILHAS DA HISTÓRIA 2023</p> 2024-01-13T16:43:39+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18578 PÁTRIA E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE JOSÉ SEGUNDO DECOUD 2024-01-13T18:12:03+00:00 Mário Lemos Flores do Prado mariolfp1@gmail.com <p>José Segundo Decoud foi um dos principais intelectuais paraguaios do fim do século XIX. Membro chave da pequena elite política restante no país após a Guerra da Tríplice Aliança, seu controverso aporte foi fundamental para o funcionamento de grande parte dos governos do país entre os anos 1870 e 1900. O objetivo deste artigo é analisar dois de seus textos, “La Patria” e “El Patriotismo”, publicados em 1904 e 1905 respectivamente, à luz do contexto político e teórico da época, buscando compreender as afinidades teóricas de Decoud e as possíveis consequências práticas do ideário adotado pelo autor, além de tentar compreender o propósito da escrita dos textos. Lendo os trabalhos selecionados temos que Decoud, inspirado no ideário liberal inglês em voga na época, defende uma ideia de liberdade e pátria como conceitos complementares, e que a liberdade (especificamente, a liberdade política) seria um precedente necessário para surgimento do patriotismo. Este, por sua vez, seria um sentimento que não poderia realmente existir sob regimes autocráticos ou anárquicos. Os textos servem principalmente como aviso às gerações futuras de intelectuais e políticos paraguaios do porvenir caso a instabilidade política então reinante persistisse.</p> 2024-01-13T16:49:52+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/17988 O “SOCO DA MÃO INVISÍVEL”: A VIOLÊNCIA DISCURSIVA E O REACIONARISMO CONTRA A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA PROMOVIDA POR THINK TANKS ANARCOCAPITALISTAS (2010-2020) 2024-01-13T18:12:03+00:00 Gustavo dos Santos Prado gspgustavo.historia@hotmail.com <p>O texto faz uma análise discursiva de conteúdos produzidos por <em>think tanks</em> anarcocapitalistas sobre direitos humanos e diversidade cultural. Parte-se da premissa que o Mises Brasil e o Instituto Rothbard violaram a dignidade da pessoa humana, pois seus articulistas entendem que o único direito humano que importa seria o da propriedade privada. Foram analisados mais de trinta artigos, dos quais sete encontram-se neste trabalho. Arendt (1989), Bobbio (2004), Comparato (2019), Hunt (2009), Mbaya (1997) e Sassen (2016) serviram de base teórica para os direitos fundamentais. As reflexões de Cruz e Peixoto (2007) permitiram o tratamento metodológico com as fontes. A análise do discurso foi feita usando as premissas de Bakthin (1997). Por fim, a análise de imagens foi realizada usando os conceitos de Didi-Huberman (2010).</p> 2024-01-13T17:06:22+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/18760 “NO RUMO DAS NUVENS FUGIDAS”: A CRIANÇA MIGRANTE NORDESTINA NAS FOTORREPORTAGENS DA REVISTA O CRUZEIRO 2024-01-13T18:12:04+00:00 Márcio Douglas de Carvalho e Silva mardouglascs@gmail.com <p>Na década de 1950, observou-se acentuado índice migratório de nordestinos para os grandes centros urbanos do Brasil, notadamente importantes cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Para chegarem ao destino desejado, quase sempre utilizavam meios de transportes precários conhecidos como pau de arara. Dada a grande empreitada de resistência empreendida nesses caminhões, homens, mulheres e crianças foram alvos dos olhares da imprensa da época, que divulgava, entre outros aspectos, a condição de vida dessas pessoas no percurso e após a chegada, algo que se estendia por semanas. Um desses veículos de comunicação foi a revista <em>O Cruzeiro, </em>que produziu uma série de fotorreportagens dando ênfase nas imagens divulgadas, aos rostos das mulheres nordestinas e igualmente ao sofrimento de crianças migrantes, que em alguns casos, não resistindo à jornada, iam a óbito no percurso. É partindo disso, que este texto tem como objetivo analisar a migração de crianças nordestinas por meio das fotorreportagens da revista <em>O Cruzeiro, </em>utilizando como fonte, sete edições publicadas no referido veículo de comunicação entre os anos de 1951, 1952 e 1955.</p> 2024-01-13T17:10:36+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/17862 MEMÓRIAS DE GUERRA DE UM MATO-GROSSENSE: ANÁLISE DO ACERVO DOCUMENTAL DO EXPEDICIONÁRIO REBUÁ NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 2024-01-13T18:12:04+00:00 Thamires Carla Lopes dos Santos thamirescarlalopes@gmail.com <p>O presente artigo apresenta o resultado de pesquisa de iniciação científica que buscou compreender as memórias de guerra do expedicionário Petrônio Rebuá Alves Corrêa, a partir das fontes do acervo documental doado ao Núcleo de Documentação Histórica Honório de Souza Carneiro, do curso de História da Universidade Federal do Mato grosso do Sul, Campus de Três Lagoas.&nbsp; A principal fonte investigada foi o Manuscrito “Heróis de Barro”, com o intuito de desvelar a subjetividade das memórias do personagem Rebuá e a história social da participação de expedicionários brasileiros na Segunda Guerra Mundial, conflito ocorrido entre os anos de 1939 e 1945. O Manuscrito de Rebuá discorre uma narrativa antagônica à história de “heróis”, relatando uma história feita por homens simples, com desejo de sobrevivência, ademais, revela um outro lado dos acontecimentos – o não dito – como os abusos sexuais de soldados brasileiros contra mulheres e crianças.</p> 2024-01-13T17:35:34+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História https://periodicos.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20008 DOSSIÊ A DITADURA MILITAR NO BRASIL EM DEBATE: SILENCIAMENTOS, RESISTÊNCIAS E ENSINO DE HISTÓRIA - REVISTA COMPLETA 2024-02-16T19:03:28+00:00 Dolores Puga dolores.puga@ufms.br 2024-01-13T15:07:53+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História