Domingos Pellegrini e Victor Giudice
interseções, subjetividade e condição humana
Resumo
Pensar a condição humana e investigar os seus desvelamentos tornou-se uma atividade imprescindível. A partir de contos selecionados, pretendo analisar as categorias que epistemologicamente oportunizam movimentações literárias acerca da subjetividade e da coletividade. Ganham destaque a estética, portanto o efeito, voltado para o fluxo de consciência como medida de estabelecimento de uma noção externa. Por essas razões, questões como a alteridade, o devassamento do “eu”, a memória (seja coletiva ou individual) e as crises humanas estão sob enfoque. Sobretudo, quando me debruço sobre os contos O arquivo ([1972] 2001), de Victor Giudice e A maior ponte do Mundo ([1977] 2001), de Domingos Pellegrini, para analisar as manifestações da subjetividade e da memória nessas narrativas. Para isso, esse estudo está embasado em Hannah Arendt ([1958] 2007), em Antonio Candido (1987) e em Silviano Santiago (2000) para fundamentar o pensamento construído. Assim, justifico, portanto, a ideia de uma relação de dependência impressa pelo sistema econômico pautado na exploração: comento sobre o capitalismo. Seja por intermédio de uma alegoria ou da realidade espelhada, essa noção está presente nos contos. Com isso, contextualizo uma leitura analítica, de modo preliminar, desses textos literários. Ressalto que nesse momento percebo no desvelamento da condição humana, por intermédio do viés estético, sobretudo o literário que caracteriza o cerne desse exame, uma possibilidade de instauração de um processo analítico em torno dos pormenores da existência daquilo que podemos considerar o humano.
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