O ser e o estar da mulher negra no conto “Luamanda”, de Conceição Evaristo
Resumo
Este trabalho tem como objetivo observar de que modo a construção de estereótipos a partir dos filtros da raça, gênero e sexualidade interferem na vida de mulheres na sociedade brasileira. Pensando nesses lugares sociais pré-definidos, este trabalho visa apresentar análise, perpassada pela pessoalidade, do conto “Luamanda”, presente no livro Olhos D’Água, da escritora negra Conceição Evaristo. Em alusão ao livro mais recentemente publicado de Beatriz Nascimento, in memorian, ressalto que essa “história feita por mãos negras” deve ser contada por inúmeras e diversas vozes. As contribuições de Conceição Evaristo ultrapassam a sala de aula, e atuam, sobretudo, pensando a mulher negra, as diversas interseccionalidades que as atravessam e suas escrevivências. A metodologia interpretativa pauta-se na construção da mulher negra a partir da teorização de Gonzalez (2020) e Kilomba (2018); para pensarmos a forma como as sexualidades dos sujeitos negros são pensadas, em destaque para as das mulheres negras, nos embasamos em hooks (2019). Os estudos culturais fornecem os instrumentos teóricos para compreendermos criticamente as diversas literaturas e realidade. Este estudo não está findado e está em constante movimentação. Mediante esses apontamentos, objetiva-se observar a interlocução entre literatura, gênero, sexualidade e racismo.
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