A POLÍTICA HIP HOP nas favelas brasileiras

  • Heloísa Buarque de Hollanda UFRJ

Resumo

Um dos fenômenos mais alarmantes deste início de século são os números da progressiva favelização e desemprego, muitas vezes também chamados de “humanidade excedente”, especialmente em países em desenvolvimento. Segundo Mike Davis, no livro The planet of slums, um estudo bastante impressionante, a população favelada, aferida pelo UN-Habitat Report, cresce hoje 25 milhões de pessoas por ano. Esse mesmo relatório avalia que os novos pobres periurbanos e suas comunidades informais ou favelas serão em 2020 cerca de 45% a 50% do total dos moradores da cidade.

Biografia do Autor

Heloísa Buarque de Hollanda, UFRJ
Heloisa Helena Oliveira Buarque de Hollanda Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A Possui graduação em Letras Clássicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1961), mestrado em Letras ( Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e doutorado em Letras ( Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979). Fez Pós-Doutorado em Sociologia da Cultura na Columbia University (1982-83). Atualmente é Professora Emérita de Teoria Crítica da Cultura da Escola de Comunicação e Coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea vinculado ao Programa de Pós Graduação Ciência da Literatura, Faculdade de Letras , Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua atividade de pesquisa privilegia a relação entre cultura e política, trabalhando especialmente nos campos teóricos da teoria literária e dos estudos culturais. Sua pesquisa dedica-se às áreas de poesia, relações de gênero, relações étnicas, culturas marginalizadas e as questões colocadas pelo novo quadro econômico, político e cultural dos processos de globalização e desenvolvimento tecnológico. Nestes últimos anos, seus estudos e pesquisas vêm focando a cultura produzida nas periferias urbanas e suas articulações com o mainstream bem como o impacto das novas tecnologias digitais na produção e no consumo culturais. Em suas palestras e artigos mais recentes, o foco principal de seu trabalho vem sendo as questões relativas ao cruzamento da tecnologia, cultura e desenvolvimento. Coordena, o laboratório de tecnologias sociais Universidade das Quebradas, um projeto experimental de extensão baseado no conceito de ecologia dos saberes e o Laboratório da Palavra , espaço experimental de pesquisa, criação e produção editorial em base digital e multiplataforma. É autora de muitos livros entre eles Macunaíma, da literatura ao cinema; 26 poetas hoje; Impressões de Viagem; Cultura e participação nos anos 60; Pós modernismo e política; O feminismo como crítica da cultura; Guia poético do Rio de Janeiro, Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70 e Escolhas, uma autobiografia intelectual.
Publicado
2017-04-25