InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS https://periodicos.ufms.br/index.php/intm <p><strong>ISSN 2674-9947 (online) ISSN 1413-0963 (impresso)</strong></p> <p style="text-align: justify;">A revista InterMeio é o periódico do <a href="http://cchs.sites.ufms.br/pos-graduacao/ppgedu/" target="_blank" rel="noopener">Programa de Pós-Graduação em Educação</a> da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, possuindo classificação A3 (QUALIS CAPES 2022). Um dos seus objetivos é a publicação de trabalhos inéditos na área de educação resultantes de pesquisas. Compreendemos por trabalhos inéditos os artigos e relatos originais de pesquisa na área educacional, bem como resenhas de livros de destaque e, eventualmente, documentos especiais e traduções. Tem como propósito abordar questões que se colocam como atuais e significativas para a compreensão dos fenômenos educativos.&nbsp;</p> Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pt-BR InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 1413-0963 CONDIÇÕES PARA A INSERÇÃO CURRICULAR DA EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/22304 <p>Este texto, de natureza ensaística, apoia-se em produção bibliográfica atinente à Extensão Universitária e aos seguintes documentos nacionais emanados pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas (FORPROEX) para advogar a retomada do uso do termo correto “Inserção Curricular da Extensão Universitária” no âmbito da Instituições de Educação Superior, visto que o uso indiscriminado de “curricularização”, “disciplinarização” e “creditação” traduzem processos alheios daquele coadunado no âmbito do FORPROEX e materializado na Resolução CNE/CES n. 7/2018 que estabeleceu as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira (DEESB, 2018). Na sequência, problematiza as condições necessárias para que as IES deem materialidade aos aspectos coadunados nas Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira. Em relação às condições concretas, defende-se: a) condições objetivas para professores, técnicos e estudantes (transporte que viabilize o deslocamento de docentes, discentes e técnicos; garantia de seguro e bolsas robustas; materiais diversos); b) financiamento compatível com a relevância e reposicionamento da Extensão Universitária como terceira missão; c) em âmbito nacional, defende-se uma política nacional de extensão universitária que induza as IES a elaborarem suas respectivas políticas institucionais e o chamamento de uma conferência nacional de extensão universitária; d) garantia de infraestrutura, incluindo recursos materiais e recursos humanos acoplada a revisão da carreira docente e técnica, de modo que a realização das atividades de extensão sejam valoradas e computadas; e, e) estímulo ao envolvimento da comunidade externa na proposição de ações de extensão. Por fim, entendemos que a construção de tais condicionalidades não podem ser concretizadas apenas no currículo, mas devem ser induzidas pelo projeto de universidade e materializada <em>a priori </em>no PPI, PDI e PPCs.</p> Andréia Nunes Militão Malvina Tania Tuttman Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 16 32 10.55028/intermeio.v30i59.22304 A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/21021 <p>No presente manuscrito, apresentamos uma discussão teórico-analítica do histórico da extensão universitária no Brasil, culminando na curricularização, conforme determina a Resolução CNE Nº 7 (Brasil, 2018a). Justificamos a necessidade dessa discussão, pois avaliamos como fundamental compreendermos a concepção da extensão universitária para que possamos ler criticamente os documentos, bem como gestar e desenvolver ações extensionistas em diálogo com a comunidade. Desse modo, desenvolvemos a pesquisa de análise documental, segundo Sá-Silva, Almeida e Guindani (2009). A parte teórico-analítica discute o conceito de extensão com base em Freire (2022), o contexto neoliberal à luz de Barreto Vaz (2022), Laval (2019), entre outros. Alicerçadas em Catini (2020), Freire (2022), Laval (2019), Nogueira (1999), por exemplo, debatemos também fragmentos de documentos resultantes dos Encontros do Forproex, trechos de Leis e Pareceres relacionados à extensão e ao funcionamento de instituições de ensino superior. Concluímos que, apesar da concepção freiriana de extensão que a caracteriza como um processo dialógico, interdisciplinar e transformador, a obrigatoriedade de carga horária extensionista pode levar ao desenvolvimento de ações aligeiradas, sem a escuta e o conhecimento das comunidades. Além disso, em virtude da curricularização, os interesses neoliberais podem encontrar brechas para sua expansão no ensino superior público.</p> Letícia de Leon Carriconde Daniela Sayuri Kawamoto Kanashiro Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 33 57 10.55028/intermeio.v30i59.21021 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/21027 <p><span style="font-size: small;">Este artigo descreve características do cenário no qual se discute a implementação da curricularização da extensão, partindo do olhar e da experiência do sujeito, no caso, os estudantes da Pedagogia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) sobre a extensão universitária. O estudo apresenta os dados e análises parciais de uma investigação de campo</span><span style="font-size: small;"> que tem como objeto a curricularização da extensão na formação de professores</span><span style="font-size: small;">. O objetivo desta produção é analisar os saberes e conhecimentos dos estudantes do curso de pedagogia da UFFS sobre a extensão na vivência acadêmica e possíveis contribuições quanto à identificação e permanência no curso. As considerações sugerem que a partir dos olhares dos sujeitos a vivência nas ações de extensão se constitui num campo de oportunidades para o desenvolvimento, aprendizado e formação, abarcando elementos para se pensar os desafios institucionais com o processo de curricularização.</span></p> Ademir Luiz Bazzotti Marilane Maria Wolff Paim Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-18 2024-11-18 30 59 58 92 10.55028/intermeio.v30i59.21027 A POLÍTICA DE CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/20788 <p>Este estudo apresenta a implementação da política de curricularização da extensão nas universidades federais da Amazônia brasileira, cujo prazo-limite finalizou em 2022. A pesquisa justifica-se pelo disposto na Estratégia 12.7 da Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014-2024, e na Resolução nº 7/2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE). Trata-se de uma pesquisa de cunho documental e de campo, com abordagem qualitativa, utilizando-se da análise de conteúdo. Os <em>loci</em> escolhidos foram sete Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que compõem a região Amazônica, representativas de cada estado da Região Norte brasileira. A pesquisa revelou que cerca de 70% das IFES já institucionalizaram a curricularização da extensão, mesmo em meio a diversos problemas enfrentados, como a pandemia da covid-19. O processo de implementação já está estabelecido, no qual os 10% dos créditos curriculares exigidos para a graduação em ações extensionistas são fixados por meio de um componente curricular específico, que na maioria dos casos poderá ser integralizado por modalidades extensionistas. Os principais desafios para a curricularização estão ligados à limitação orçamentária para garantir a execução das ações extensionistas e na resistência em trabalhar com a referida prática.</p> Helena Cristina Guimarães Queiroz Simões Jemina de Araujo Moraes Andrade Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 93 126 10.55028/intermeio.v30i59.20788 A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/20543 <p>A extensão foi o terceiro pilar incorporado ao conceito de Universidade. Em 2018, o Ministério da Educação promulgou as Diretrizes para a Curricularização da Extensão, dando um passo decisivo para a efetiva incorporação da extensão ao currículo dos cursos de graduação. O artigo apresenta a experiência de curricularização da extensão desenvolvida pela Universidade Estadual Paulista de São José do Rio Preto por meio da implementação de um programa que reúne 38 ações extensionistas que abrangem todas as áreas do conhecimento e envolvem diferentes públicos. A experiência tem proporcionado a interação de estudantes de diferentes cursos e áreas do conhecimento, o diálogo com saberes não acadêmicos e uma prática reflexiva que parte da problematização da realidade. Sob a perspectiva dos compromissos da universidade com a sociedade, ampliam-se as interações e o reconhecimento social da importância desta abertura institucional às demandas e problemas da sociedade.</p> Ana Maria Klein Silvana Fernandes Lopes Luciana Aparecida Nogueira da Cruz Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 127 142 10.55028/intermeio.v30i59.20543 A INSERÇÃO CURRICULAR DA EXTENSÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO ESTADO DE GOIÁS: https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/21043 <p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, discutimos o processo de curricularização da extensão universitária em cursos de graduação em universidades federais do estado de Goiás. Nosso argumento central é de que a curricularização da extensão universitária possibilita o seu engendramento na totalidade do projeto pedagógico das universidades, possibilitando a unidade de saberes e práticas como processo é indispensável à realização da função social da universidade. Para tanto realizamos uma análise documental das Diretrizes Nacionais para a Extensão na Educação Superior Brasileira, as Resoluções Institucionais que dispõe sobre a curricularização da extensão, bem como os projetos pedagógicos dos cursos de Pedagogia das instituições pesquisadas. Desvelou-se o esforço das IES pesquisadas para a garantia de que a extensão universitária estivesse na centralidade do currículo por meio de componentes curriculares, de modo a se estabelecer um equilíbrio entre o ensino, a pesquisa e a extensão nos projetos de desenvolvimento profissional, com um novo paradigma para a educação superior brasileira É urgente assegurar, como política de estado que reflita nas políticas institucionais, o financiamento específico da extensão nas IES por considerar que a ausência do fomento compromete o processo de inserção curricular e afronta a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão prevista na Constituição Federal.</span></p> Lueli Nogueira Duarte e Silva Priscilla de Andrade Silva Ximenes José Firmino Oliveira Neto Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-18 2024-11-18 30 59 143 166 10.55028/intermeio.v30i59.21043 A CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO ENSINO SUPERIOR: https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/20635 <p>O artigo visa abordar o tema da curricularização da extensão universitária, a partir de alguns desafios colocados para as universidades públicas na atualidade e se inicia pela contextualização do seu papel social, ao considerar o histórico embate da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, problematizando os conceitos de currículo e de extensão como conceitos em disputa. Nesta reflexão buscaremos compreender os caminhos institucionais trilhados pela Universidade Federal do ABC (UFABC) no processo da curricularização da extensão em seus cursos. Por fim, propõe a necessária e urgente ressignificação e revalorização do ensino universitário, em uma perspectiva humanista, emancipatória e multirreferenciada; da pesquisa, informada e articulada socialmente e da extensão como comunicação e integração entre saberes acadêmicos e sociais/populares, em relação orgânica, dialógica e agregada ao ensino e à pesquisa. Neste sentido, buscamos refletir sobre a coibição de artificialismos para o mero cumprimento legal da presença curricular da extensão universitária, sendo capaz de propor alternativas com autonomia relativa, junto à sociedade, em outras bases paradigmáticas acerca dos principais dilemas que afligem o mundo e o país, em um cenário diverso, contraditório e plural.</p> Marineide de Oliveira Gomes Marcia Helena Alvim Rodrigo Luiz Oliveira Rodrigues Cunha Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 167 189 10.55028/intermeio.v30i59.20635 ENSINO, PESQUISA E OS DESAFIOS DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO: https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/21037 <p>O presente trabalho busca analisar a proposta de curricularização da extensão no projeto pedagógico do curso (PPC) de licenciatura em Pedagogia do Departamento de Educação do Campus VII, Senhor do Bonfim, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Considerando as experiências construídas desde o início da implantação do PPC, no ano de 2021, são apontados os principais desafios encontrados por docentes e discentes no processo de consolidação de uma proposta formativa que considera o ensino, a pesquisa e a extensão como dimensões indissociáveis no processo de formação acadêmica. Por outro lado, também são sinalizadas proposições para superar os desafios até então encontrados no processo de curricularização da extensão, sugerindo caminhos a serem construídos institucionalmente de modo a garantir a participação plena dos sujeitos nos projetos, atividades e ações que envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão.</p> Ivânia Paula Freitas de Souza Sena Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-18 2024-11-18 30 59 190 207 10.55028/intermeio.v30i59.21037 EM(N)CANTOS COM A LITERATURA INFANTIL https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/21019 <p>O projeto de extensão <em>Em(n)cantos com a Literatura Infantil</em> teve por prerrogativa integralizar as atividades curriculares de extensão e cultura (ACEC), da disciplina de Literatura Infantil (optativa) do primeiro ano de Pedagogia noturno, no ano letivo 2023, com carga-horária de 30 (trinta) horas, junto a Universidade Estadual do Paraná, Campus de Paranavaí. A metodologia utilizada no delineamento da ação extensionista tomou por respaldo a pesquisa-ação formativa, de cunho colaborativo e interventivo, atuando em duas frentes: 1) confecção de materiais e livros artesanais e 2) contação de histórias. Assim logrou êxito no que tange os seguintes objetivos específicos: atuar na formação inicial de professores em Pedagogia para compreensão dos pressupostos teórico-metodológicos da Literatura Infantil;&nbsp; despertar o contador de histórias existente em cada um, para ação a partir do texto literário; e, promover acessibilidade a Literatura Infantil como direito humano ao público-alvo atendido pela ação extensionista. Assim, a ação extensionista teve contribuição formativa e socioeducativa a dinâmica acadêmica dos alunos de Pedagogia na elaboração de materiais e na realização de contação de histórias, ao passo que viabilizou aproximação social, sendo ação cultural e educativa aberta a comunidade, a qual teve alcance de 623 crianças que foram atendidas e 32 professoras, de instituições dispersas pelos municípios de Paranavaí, Nova Londrina, Terra Rica, Nova Esperança, Paranacity, Loanda e Cruzeiro do Sul, na região norte do Estado do Paraná.</p> Nájela Tavares Ujiie Viviane da Silva Batista Irismar de Fátima Cordeiro Copyright (c) 2024 InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - UFMS 2024-11-19 2024-11-19 30 59 208 227 10.55028/intermeio.v30i59.21019