Magia e Cultura Patriarcal: as transformações na imagem da Pharmakis na antiguidade.

  • Dolores Puga Alves de Souza Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Palavras-chave: Praticante de magia, antiguidade, sociedade patriarcal.

Resumo

A proposta deste artigo é contribuir com estudos referentes à construção representacional da imagem da praticante de magia na antiguidade (ou pharmakis em grego ático). Para tanto, pretende levantar questionamentos acerca da transformação nos olhares acerca dessa personagem, de uma visão positiva das práticas mágicas vindas do antigo oriente próximo até a determinação de uma sociedade patriarcal na perspectiva cada vez mais negativa da mulher que, por conhecimentos específicos de ervas, poderia usá-las para curar ou para matar em uma vingança – visão comum com o desenvolvimento da civilização helênica, sobretudo com o período clássico na Grécia. O artigo cruza, assim, uma fonte imagética de Creta Minóica (a estatueta da Deusa das Serpentes de 1.600 a.C.) – local de bastante influência religiosa para a Grécia e que sofreu interferências culturais dos anatólios com antigas invasões –, com fontes textuais gregas como os poemas Odisseia de Homero e Teogonia de Hesíodo (ambos por volta de meados do século VIII a. C.) e a peça trágica Medeia de Eurípides (século V a. C.).

 

 

 

 

Seção
Cultura e Representações