Geografia da morte: a cultura fúnebre e os cemitérios de Salvador oitocentista (1860-1900).

  • Francisco de Paula Santana de Jesus Centro Universitário Jorge Amado
Palavras-chave: desigualdade no morrer, modos e lugares de sepultamento, cemitérios soteropolitanos.

Resumo

A partir da segunda metade do século XIX, a transferência definitiva dos mortos para necrópoles extramuros não resultou em um nivelamento das formas de enterramentos dos habitantes de Salvador. Serviu, principalmente, para ressaltar o contraste existente entre os diversos estratos da sociedade. Nesse sentido, o presente trabalho pretende analisar a distribuição espacial dos cemitérios da cidade, bem como os indivíduos que eram sepultados neles e suas formas de enterramento, dando especial importância aos africanos livres e estrangeiros protestantes, uma vez que, mesmo livres, não gozavam dos mesmos direitos concedidos aos cidadãos em geral.

 

Seção
Cultura e Representações