FRONTEIRAS (INTER)DISCIPLINARES: o ensino de história no contexto das Universidades Novas

  • Francismary Alves da Silva

Resumo

O longo processo pós-revolução científica produziu sistemas educacionais especializados, profissionalizantes, voltados para o trabalho, para o pensamento econômico, liberal, industrial. O conhecimento histórico, que se profissionalizou no século XIX, também buscou sua legitimação científica pela demarcação de suas especificidades. Assim, o ensino de história desse período, tomado como um dos típicos produtos de cunho liberal e iluminista, foi marcado por esse processo disciplinarizante da história científica do século XIX, algo que só começaria a ser questionado a partir de 1930, com ajuda do conceito de interdisciplinaridade. Um movimento mais amplo em prol da noção de interdisciplinaridade aplicada ao ensino, ganhou destaque a partir de meados de 1960. Nesse contexto, a noção de interdisciplinaridade propunha discutir justamente um novo estatuto para as universidades e escolas. Diante dessa problemática, o presente texto busca discutir o ensino de história frente às alterações educacionais brasileiras dos últimos 30 anos. Mais especificamente, busca questionar o papel e a importância do ensino de história no contexto de uma nova modalidade educacional do ensino superior brasileiro, as licenciaturas interdisciplinares.

Seção
História, Fronteiras e Identidades