A nacionalização e repressão na escolas do Vale do Taquari (RS)

  • Bibiana Werle

Resumo

Alvos de crítica de nacionalistas como Sílvio Romero e Nina Rodrigues no início do período republicano, os efeitos do deslocamento de imigrantes alemães ao Brasil através de políticas imigratórias do governo imperial ao longo do século XIX provocaram reações também durante o Estado Novo (1937-1945). A justificativa do ataque a esses grupos se mantinha: o enquistamento étnico provocado pela não integração dos imigrantes alemães e seus descendentes à sociedade nacional mais ampla. Com o foco naquela que foi a primeira ditadura brasileira, este artigo aborda os diversos meios de repressão que estiveram relacionados aos teuto-brasileiros durante o governo varguista através de vestígios documentais encontrados no presente sobre este período, assim como das memórias narradas pelos descendentes de imigrantes alemães que vivenciaram as proibições e perseguições daquele passado. O conjunto de fontes anunciadas, relacionadas ao ambiente escolar da época, possibilita a compreensão sobre a repressão no âmbito educacional – um dos diversos cenários das ações da chamada Campanha de Nacionalização.
Publicado
2017-03-03
Seção
Volume 4, número 6