Sensibilidades Urbanas: o lugar do lixo, do sujo e do limpo em Campina Grande (1947 A 1992)

  • Hilmaria Xavier da Silva Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

As medidas de limpeza públicas das administrações municipais mudaram nas últimas cinco décadas em cidades de médio e grande porte, à medida em que as demandas urbanas cresciam, incomodavam, pediam soluções. Problemas e conflitos de toda ordem rondam a cidade e alteram suas sensibilidades, mas como pensar o lixo através da História? Como pensar aquilo que se descarta e os problemas que isto causa à sociedade há tempos? O lixo, a sujeira, a poluição e o mau cheiro sempre estiveram relacionados às sensibilidades urbanas?A partir destas observações iniciais, apontamos nosso problema de estudo: pensar como em Campina Grande, entre os anos de 1947 a 1992, eram concebidas as questões concernentes ao lixo e à limpeza pública. Pensar especialmente as significações e ressignificações dadas ao lixo, ao que era considerado sujo, limpo, contaminado, descartável, feio em Campina Grande; pensar como as sensibilidades urbanas referentes ao lixo, ao sujo e ao limpo eram trabalhadas pelos moradores da cidade, tanto por aqueles cidadãos simples, ordinários, como por aqueles responsáveis pela administração pública e gerências da organização da cidade; pensar em que contexto e em como o lixo passou a ser problema urbano em Campina Grande. Por fim, problematizar os usos que se faziam do que era descartado, a partir da lógica do lixo enquanto fonte de sobrevivência para alguns e fonte de contaminação para outros.

Publicado
2015-07-18
Seção
vol.3, n.3 Dossiê História Urbana