Contra o Racismo, Sexismo e pelo Bem-Viver!
mulheres contra hegemônicas pensando uma nova forma de ser e existir
Resumo
O presente trabalho pretende apresentar algumas notas introdutórias sobre o conceito de Bem Viver, bem como estabelecer as possíveis conexões existentes com aquilo que tem sido produzido pelas mulheres negras e indígenas no Brasil. Partindo da experiencia da Marcha de Mulheres Negras e a Marcha das Mulheres Indígenas em 2015 a ampliação do uso do conceito cinco anos depois é inegável, e chama a atenção para aquelas pessoas que pretendem produzir conhecimento acadêmico a esse respeito. Dialogando com a literatura latino americana sobre Bem Viver, a escrita das feministas comunitárias; e as reivindicações das mulheres contra hegemônicas brasileiras; pretendo instigar as pessoas leitoras desse trabalho a pensarem para além de uma hipótese utópica a construção do Bem Viver como uma proposta em curso e que já não pode ser interrompida.
Downloads
Referências
ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Editora Elefante, 2016. DOI: https://doi.org/10.7476/9788578794880.0006
CABNAL, Lorena. Acercamiento a la construcción y la propuesta de pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. In: ASOCIACIÓN PARA LA COOPERACIÓN (Eds.). Feministas siempre. Feminismos diversos: el feminismo comunitario. España: ACSUR-Las Segovias, 2010. Disponível em: www.acsur.org. Acesso em: 10 maio 2021.
CARDOSO, Cláudia Pons. Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 965-986, dez. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/TJMLC74qwb37tnWV9JknbkK/?lang=pt. Acesso em: 12 maio 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300015
CFEMEA. Bem viver para a militância feminista – Metodologias e experiências de autocuidado e cuidado entre mulheres ativistas. Disponível em: https://www.cfemea.org.br/images/stories/publicacoes/bem_viver_para_militancia_feminista.pdf. Acesso em: 12 nov. 2020.
CIM. Marcha das Mulheres Indígenas divulga documento final: “lutar pelos nossos territórios é lutar pelo nosso direito à vida” Disponível em: https://cimi.org.br/2019/08/marcha-mulheres-indigenas-documento-final-lutar-pelos-nossos-territorios-lutar-pelo-nosso-direito-vida/. Acesso em: 15 nov. 2020.
COLLINS, Patricia Hill. The black feminist thought. London: Routledge, 2000.
COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, Brasília, n. 1, v. 31, p. 99-127, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/MZ8tzzsGrvmFTKFqr6GLVMn/?format=pdf&lang=pt. Acesso 11. nov. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006
CONSTANTE, Paula de Souza. O Buen Vivir e a construção de uma alternativa ao desenvolvimento: olhares sobre a Bolívia. Dissertação (Mestrado em Integração Contemporânea da América Latina) - Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2018.
CRENSHAW, Kimberlé. Mapeando as margens: interseccionalidade, políticas de
identidade e violência contra mulheres não-brancas. Traduzido por Carol
Correia. 1993. Disponível em: https://medium.com/revista-subjetiva/mapeando-as-margens-interseccionalidade-pol%C3%ADticas-de-identidade-e-viol%C3%AAncia-contra-mulheres-n%C3%A3o-18324d40ad1f. Acesso em: 18 nov. 2020.
CURIEL, Ochy. Descolonizando el Feminismo: una perspectiva desde America Latina y el Caribe. Coloquio Latinoamericano sobre Praxis y Pensamiento Feminista, 1., 2009, Buenos Aires. Anais […]. Buenos Aires: [S.n.], 2009.
DÁVALOS, P. Reflexiones sobre el Sumak Kawasy (El Buen Vivir) y las Teorias del Desarrollo. 2008. Disponível em: http://www.alainet.org/es/active/25617. Acesso em: 05 maio 2021.
GELEDÉS. Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo bem viver como nova Utopia. Disponível em: https://www.geledes.org.br/carta-das-mulheres-negras-2015/. Acesso em: 15 nov. 2020.
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/ 93, p. 69-82, jan./jun. 1988.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afrolatinoamericano. Revista Isis Internacional, Santiago, v. 9, p. 133-141, 1988.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e Sexismo na cultura Brasileira. In: GONZALEZ, Lélia. Primavera para as Rosas Negras. São Paulo: Diáspora Africana, 2018. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctvnp0k3f.28
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LANDER, Edgar. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências
sociais. Argentina: Clacso, 2005.
LACERDA R. F.; FEITOSA, S. F. Bem Viver: Projeto U-tópico e De-colonial. Interritórios. Revista de Educação, Caruaru, v. 1, n. 1, 2015. DOI: https://doi.org/10.33052/inter.v1i1.5007
PAREDES, Julieta. ¿Que es el Feminismo Comunitario? Bases para la despatriarcalización. 2. ed. Bolivia: Mujeres Creando Comunidad, 2018.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/lander/pt/lander.html. Acesso em: 15 nov. 2020.
SORJ, Bila. O Feminino como Metáfora da Natureza. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 0, n. 0, p. 143-150, 2º sem. 1992. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/15806. Acesso em: 15 nov. 2020.
Copyright (c) 2021 albuquerque: revista de história
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são todos cedidos à revista. As opinições e pontos de vista presentes nos artigos são de responsabilidade de seus/suas autores/as e não representam, necessariamente, as posições e visões de albuquerque: revista de história.