A MATERNIDADE NA OBRA HERLAND – TERRA DAS MULHERES, DE CHARLOTTE PERKINS GILMAN

Resumo

A maternidade foi, desde a Antiguidade, uma característica definidora do sexo feminino em sociedade. Por conta de discursos médicos, religiosos e filosóficos, processos como a gestação, a menstruação e o parto foram percebidos como impuros, o que acabou por inferiorizar o corpo feminino na hierarquia social. As instituições, apoiando-se na biologia e nos costumes e tradições, estabeleceram então que o lugar da mulher enquanto mãe seria no ambiente doméstico. Suas funções estariam relacionadas com a gestão da casa, a criação e educação dos filhos, e cuidado com a família. Ao escrever uma utopia feminista, Charlotte Perkins Gilman procura desconstruir e desafiar noções impostas pela opinião de massa e adotadas pelo sistema patriarcal. Diante disso, o presente trabalho busca analisar de que maneira a maternidade na Terra das Mulheres – utopia exclusivamente feminina criada por Gilman na obra Herland – Terra das Mulheres – se diferencia da maternidade na sociedade ocidental de onde vem o narrador, e onde vigora o sistema patriarcal. Além disso, o presente trabalho tenta explicitar de que modo tal existência utópica influencia na cultura e convivência daquelas mulheres.

Biografia do Autor

Júlia Cristina Valero Souza, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestranda no Programa de Pós-graduação em EStudos de linguagens (PPGEL)/FAALC/UFMS.

Referências

GILMAN, Charlotte Perkins. Herland – A Terra das Mulheres. São Paulo: Via Leitura, 2018.

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Publicado
2023-09-06