A REPRESENTAÇÃO DO SOFRIMENTO NOS CONTOS DE ANA SQUILANTI

Resumo

O sofrimento humano já foi mote de diversas obras literárias a nível mundial. De modo genérico, esse sentimento está intimamente ligado a um estado de angústia, tormento, desconforto, infelicidade e dor – o que, de certo modo, causa impacto nas relações (inter)pessoais. O presente artigo propõe discorrer sobre a representação do sofrimento humano presente na obra Costuras para fora, de Ana Squilanti, em diferentes esferas, como, por exemplo, o luto afetivo advindo de um relacionamento amoroso, o ageísmo (ou etarismo) causado pela efemeridade do tempo, o racismo, o cárcere, a dupla colonização da mulher, o suicídio. Para tanto, foram selecionados três dos vinte e um contos que compõem a obra. Nesse recorte, quatro temas foram observados no que diz respeito às causas do sofrimento, sendo eles: o etarismo, o luto afetivo, a homofobia e a gordofobia. Assim, este estudo cobriu a representação do sofrimento em mais de uma esfera do convívio social, apresentando conceitos acerca do tema, discorrendo sobre a noção de representação na breve análise dos contos selecionados, bem como sobre o exercício de alteridade sugerido nas narrativas.