A MEMÓRIA EM “MENINO SEM PASSADO”
UMA LEITURA “OUTRA” EM SILVIANO SANTIAGO
Resumo
Este artigo trata acerca do conceito de des-memória com o artifício da crítica biográfica fronteiriça (Nolasco, 2015). Nesse intento, propomos uma forma outra, pela máxima de “aprender a des-aprender para re-aprender” sinalizado por Walter Mignolo, para compreender a conceitualização de memória fundada por Jacques Derrida em Mal de arquivo: uma impressão freudiana (2001), por meio do subsídio exposto no texto de Adriana Amaral Em torno de Jacques Derrida: sobre memória em Jacques Derrida (2000). Dessa forma, com o intermédio da perspectiva descolonial ao ler o romance Menino sem passado: 1938-1946 (2021) do mineiro Silviano Santiago, objetivamos ir além da concepção derridiana. Assim, os conceitos de crítica biográfica fronteiriça (Nolasco, 2015), opção descolonial (Mignolo, 2008) e memórias subalternas latinas (Nolasco, 2013) servirão como alicerce para sustentar e dar luz à teorização proposta, bem como outros autores e conceituações. Portanto, ao partir do livro memorialístico citado e, juntamente aos conceitos apresentados acima, estabeleceremos uma perspectiva para o que iremos considerar como uma des-memória.
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