A FIGURA DO ALCOVITEIRO NAS OBRAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS E DOM CASMURRO, DE MACHADO DE ASSIS
Resumo
Resumo: Em geral, quando se fala em clássicos da Literatura Brasileira como Memórias póstumas de Brás Cubas (publicado em 1882) e Dom Casmurro (publicado em 1899), com vasta fortuna crítica, enfatizam-se os personagens principais, como Brás, no primeiro romance, e Capitu, no segundo. No entanto, as personagens secundárias nos dois romances que serão abordadas neste trabalho são muito importantes para o andamento e as peripécias do enredo, muitas vezes convertendo-se mesmo em personagens chave nas tramas. É o caso de D. Plácida, no primeiro, e José Dias, no segundo romance, já que ajudam de uma maneira ou de outra na consecução dos desejos dos protagonistas. Sem outras fontes de renda, esses personagens vivem à margem das famílias, como é o caso de José Dias, ou são mantidos por um dos personagens principais, como acontece com D. Plácida, dependendo destes para tudo. Como as obras selecionadas já contam com vasta fortuna crítica, adotaremos como suporte teórico e crítico básico o clássico Formação da Literatura Brasileira (2007), de Antônio Candido, referência sobre a literatura até o advento de Machado de Assis, além de trabalhos críticos específicos sobre o autor, tais como os de Roberto Schwarz, Ao vencedor as batatas: formas literárias e processo social nos inícios do romance brasileiro e Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis (2000), ensaios como Esquema de Machado de Assis, da obra Vários Escritos (2004), de Antonio Candido, entre outros. Dessa forma, no decorrer desse trabalho, buscamos demonstrar a importância dos personagens alcoviteiros, secundários, especificamente nos dois romances citados, ambos de Machado de Assis.
Referências
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