LITERATURA TRANSGRESSORA EM SILVIANO SANTIAGO: UM OLHAR DA CRÍTICA BIOGRÁFICA FRONTEIRIÇA
Resumo
Com este trabalho busca-se evidenciar uma leitura crítico-biográfica fronteiriça na ficção romanesca de Silviano Santiago elegendo como norteadora sua ficção Em liberdade (1981) observando nesta obra características existentes tanto em suas composições ficcionais quanto teóricas que ensejamos para a compreensão da natureza transgressora em alguns escritores na literatura latino-americana, que é evocada por Santiago, sobretudo em sua conceituação do entre-lugar do discurso latino americano que já aponta para uma abertura a um debate pós-colonial podendo se relacionar com a desobediência epistêmica de Walter Mignolo. Depreendendo-se a uma maior reflexão, tal qual intentamos, quanto a feição de sua produção e a maneira como se alicerça o seu ser escritor por meio de seu bios professoral, fazendo uso de todo o cabedal teórico em suas composições ficcionais. Influídos ainda por entrever que frente a esta obra, ainda é módico o estudo acerca do autor mineiro, elegeu-se para este intento a perspectiva ficcional de Santiago. Para isso, optou-se pela utilização do recorte epistemológico engendrado pela Crítica biográfica fronteiriça à luz de Edgar Cézar Nolasco em Perto do coração selbaje da crítica fronteriza (2014) e “Crítica biográfica fronteiriça (Brasil/Paraguai/Bolívia)” (2015), de Eneida Maria de Souza em Janelas indiscretas (2011) e Crítica cult (2002) e Walter Mignolo na obra Histórias locais/projetos globais (2003).
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