O CONFRONTO ENTRE FEMINISMO, POLÍTICA E RELIGIÃO EM 2018: A (DES)CARACTERIZAÇÃO DO SER CRISTÃ NO "TWITTER"
Resumo
Em 2018, no auge da disputa eleitoral do Brasil, o principal recurso de campanha utilizado pelos candidatos foi a circulação de conteúdos pelas redes sociais. Reconhecido mundialmente como polarizado e midiático, o pleito presidencial ficou marcado tanto pelo engajamento de internautas para as discussões de pautas partidárias, quanto pelo contato simultâneo entre eleitores e sujeitos políticos. Entre movimentos representativos do período, foram regulares a realização de postagens e a produção de comentários de ataque às posições assumidas pela ex-candidata à vice-presidência na chapa de candidatura do Partido dos trabalhadores (PT), Manuela d’Ávila. Assentadas em tais condições de possibilidade, o objetivo deste texto é problematizar os sentidos mobilizados por dois usuários do Twitter ao focalizar o apoio de Manuela às demandas temáticas de diferentes representações sociais. Para tanto, partimos dos pressupostos teórico-metodológicos dos Estudos Discursivos Foucaultianos. Como resultados, vemos que há, nas dizibilidade digitais, uma (des)caracterização do posicionamento religioso da presidenciável, enquanto cristã-católica, em função de sua adesão às causas defendidas pelo movimento feminista.
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