Da ficção à realidade

um confronto das denominações lexicais para prostituta registradas na novela A indomada com os dados do Atlas Linguístico de Pernambuco

  • Edmilson José de Sá CESA
Palavras-chave: Léxico, Atlas linguístico, Pernambuco, A Indomada, Prostituta

Resumo

A proposta de resumo visa a uma apresentação acerca da variação lexical na fala de pernambucanos. Para tanto, foi selecionada a carta 33 do Atlas Linguístico de Pernambuco  - ALiPE (SÁ, 2013), com as denominações para a mulher que se vende (vende o corpo) para qualquer homem. Com o aporte acerca da Dialetologia e da Geolinguística (NASCENTES, 1958; CARDOSO, 2010), necessário à fundamentação teórico-metodológica para a criação de atlas linguísticos, elucidaram-se os parâmetros para a construção do referido documento do falar pernambucano. Contudo, ao se confirmar a ideia de que a identidade cultural do Nordeste eventualmente é associada ao imaginário social proposto por histórias fictícias apresentadas no cinema, no teatro e na televisão, os dados cartografados em Pernambuco serão confrontados com as variantes capturadas em capítulos da telenovela A Indomada (SILVA, A., 1997) referente ao mesmo item lexical  O atlas citado construído com dados coletados em um Estado Nordestino apresenta a variação coletada em inquéritos realizados em 20 municípios, cujos dados serviram de base para construção de 105 cartas, das quais 47 se destacam na variação lexical. O destaque para as variantes de prostituta permitiu identificar vinte denominações em Pernambuco e vinte e sete na produção televisiva, o que torna relevante a análise comparativa e lexicográfica.

Biografia do Autor

Edmilson José de Sá, CESA

 Doutor em Letras (UFPB), Pós-doutor em Letras (UFPA). Professor de Língua e Literatura no Centro Superior de Arcoverde – CESA e colaborador no Mestrado Profletras, na Universidade de Pernambuco, campus Garanhuns.

Publicado
2021-12-23