ESCRAVOS DO SENHOR. Identidade e relações de poder nas comunidades paulinas.

  • Juliana B. Cavalcanti Laboratório de História das Experiências Religiosas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O mundo romano estava permeado de escravos, podiam ser encontrados em: mercados, construções, nos jogos, em lares e mesmo em templos. Um ótimo exemplo sobre o último caso são os escravos da deusa Ártemis que recorriam a essa divindade com o intuito de se verem livres do seu senhor, passando em determinados casos a servirem no templo da mesma.

As associações ou casas-igrejas cristãs também tiveram que lidar com a questão da escravidão. Em diferentes momentos é possível detectar a presença desse grupo social  nas cartas paulinas, seja nas autênticas seja nas deuteropaulinas, de forma que se colocam algumas questões, a saber: qual foi a relação ou relações estabelecidas entre os escravos e o Reino de Deus? Paulo foi conivente com a escravidão ou foi uma tradição uma ou duas décadas depois da redação das cartas autênticas que passou a definir Paulo como um escravocrata? 

Biografia do Autor

Juliana B. Cavalcanti, Laboratório de História das Experiências Religiosas, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora e pesquisadora do Laboratório de História das Experiências Religiosas (LHER) da UFRJ.
Publicado
2017-03-14