INTERVENÇÃO CRÍTICA E POLÍTICA DA FICÇÃO: APROXIMAÇÕES ENTRE LUIZ COSTA LIMA E JACQUES RANCIÈRE
Resumo
Resumo: O artigo tem por objetivo estabelecer um diálogo entre as reflexões de Costa Lima e Jacques Rancière. Serão apresentados os conceitos de ambos os autores sobre o ficcional e sua relação com o sujeito, destacando especialmente a reflexão de Costa Lima sobre o “sujeito fraturado”. Levando em consideração as diferenças teórico-conceituais e de ênfase, procuramos demonstrar como as abordagens dos dois autores possuem pontos de contato e também singularidades que poderiam enriquecer o conjunto das reflexões trazidas por ambos os autores – como a revisão de mímesis elaborada por Costa Lima e a articulação entre ficção, política e sensível elaborada por Rancière.
Referências
BLUMENBERG, Hans. Teoria da não conceitualidade. Trad. e introdução Luiz Costa Lima. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2013.
BÜRGER, Peter. Teoria da vanguarda. Trad. José Pedro Antunes. 1a ed. Cosac Naiy Portátil. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
COSTA LIMA, Luiz. A aguarrás do tempo. Estudos sobre a narrativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1989.
___________. História. Ficção. Literatura. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
___________. Limites da Voz. Montaigne, Schlegel, Kafka. 2a ed. revisada. Rio de Janeiro: Topbooks, 2005.
___________. Mímesis: desafio ao pensamento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
___________. O controle do imaginário & a afirmação do romance: Dom Quixote, As relações perigosas, Moll Flandres, Tristam Shandy. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
___________. O redemunho do horror: as margens do ocidente. São Paulo: Ed. Planeta do Brasil, 2003.
___________. Os eixos da linguagem: Blumenberg e a questão da metáfora. São Paulo: Iluminuras, 2015.
CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX. Trad. Verrah Chamma; org. Tadeu Capistrano. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.
GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 143-179.
ISER, Wolfgang. O Fictício e o Imaginário. In: ROCHA, J. C. de Castro (org.). Teoria da ficção: indagação à obra de Wolfgang Iser. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999, p. 65-77.
____. O Jogo do Texto. In: JAUSS, Hans Robert et. al. A literatura e o leitor: textos da estética da recepção. 2a ed. revista e ampliada. Seleção, coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 105-118.
MICHAUD, Philippe-Alain. Aby Warburg e a imagem em movimento. Trad. Vera Ribeiro; prefácio Georges Didi-Hubermann. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. 2a ed. São Paulo: EXO experimental org.; Editora 34, 2009a.
__________. Esthétique de la politique et poétique du savoir. In: Espaces Temps, 55-56, 1994. Arts, l'exception ordinaire. Esthétique et sciences sociales. p. 80-87. Disponível em: http://www.persee.fr/doc/espat_0339-3267_1994_num_55_1_3910?q=jacques%20ranci%C3%A8re. Acesso em 13/10/2017
__________. O espectador emancipado. Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
__________. O inconsciente estético. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 34, 2009b.
ROBERTS, David. The Total Work of Art in European Modernism. [1a edição eletrônica]. Ithaca, New York: Cornell University Press, 2011.
ROCHA, J. C. de Castro (org.). Teoria da ficção: indagação à obra de Wolfgang Iser. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.
RUFINONI, Priscila Rossinetti. Tradução comentada de “Descrição do torso de Belvedere em Roma”. Revista de História da Arte e Arqueologia, no 23, jan/jun 2015, p. 195-215. Disponível em: http://www.unicamp.br/chaa/rhaa/english/revista23.htm. Acesso: 04/10/2017.