DO LIVRO DE MONTAIGNE

Nicolas Malebranche; Jeferson da Costa Vaz

doi:10.55028/eleu.v7i13.15491

Nicolas Malebranche 1638 - 1712
Jeferson da Costa Vaz Pontifícia Universidade Católica do Paraná / Università degli Studi di Ferrara https://orcid.org/0000-0001-5162-6909

DOI: https://doi.org/10.55028/eleu.v7i13.15491

Palavras-chave: Montaigne. Malebranche. Método. Ensaios.

Resumo

O texto Du livre de Montaigne se encontra no interior da obra De la Recherche de la Verité, mais especificamente no meio do livro II sobre a Imaginação. De maneira geral, a obra trata “da natureza do espírito do homem e do uso que devemos fazer para evitar o erro nas ciências”, como sugere o subtítulo do texto. A obra contém seis livros: Dos sentidos, Da imaginação, Do entendimento ou do espírito puro, Das Inclinações, Das Paixões e Do método. No livro II, Da imaginação, Malebranche reflete acerca de como a imaginação pode conduzir o ser humano ao erro no tocante aos raciocínios. Ora, mas por que se identifica um texto sobre os Ensaios de Montaigne no meio deste livro? Montaigne aparece como alguém que seria o modelo de como não fazer uso da imaginação. Para Malebranche, o uso que Montaigne fez desta faculdade indicou uma erudição que obstava o raciocínio, como veremos abaixo.

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Biografia do Autor

Nicolas Malebranche, 1638 - 1712

Nascido em Paris, o padre Malebranche (1638-1712) foi um dos filósofos mais populares de seu tempo (BADIOU, 2013). Smith afirma, na sua tradução da obra De la Recherche de la Verité (1674/75) – o primeiro texto publicado por Malebranche – que seus textos foram amplamente editados naquele contexto, tendo ampla influência sobre muitos autores. Malebranche ficou conhecido principalmente por sua doutrina da Visão em Deus, e pela sua doutrina das causas ocasionais, hoje conhecida como ocasionalismo, que teve reconhecida influência sobre as reflexões de David Hume (1711-1776) (GOMES; SIMON, 2019). Yves-Marie André (1675-1764), discípulo e biógrafo de Malebranche, fala-nos do sucesso extraordinário (ANDRÉ, 1970) de suas obras. Sobre o caráter do padre do Oratório, P. Adry, outro biógrafo, informa-nos: “Nada era mais admirável do que a sua simplicidade de criança, sua humildade, sua retidão, sua sinceridade, sua afabilidade.” (ADRY, 1970, p. 412).

Jeferson da Costa Vaz, Pontifícia Universidade Católica do Paraná / Università degli Studi di Ferrara

Doutorando em Filosofia pelo Joint PhD Programme ? Dottorato in Scienze Umane dell?Università degli Studi di Ferrara (UniFE?ITA) e Programa de Pós-graduação em Filosofia da PUCPR (PPGF/PUCPR?BRA) com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (CAPES). Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2019-2021) com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (CAPES); Graduado em Licenciatura em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2018). Membro do Grupo de Pesquisa Filosofia da Psicanálise da PUCPR.

Referências

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ANDRÉ, Yves-Marie. La vie du R. P. Malebranche : prêtre de l’Oratoire, avec l’histoire de ses ouvrages. Genève: Slatkine Rerpints, 1970.

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