NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS ENTRE ACADÊMICOS DE FARMÁCIA DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA DE FORTALEZA/CE.
Resumo
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 30 mil toneladas de medicamentos são desperdiçadas pelos consumidores no país por ano. As substâncias químicas que contém nos medicamentos, na maioria das vezes, quando descartadas incorretamente, podem ser tóxicas e contaminar rios, solos, oceanos e lençóis freáticos. O objetivo do estudo é avaliar o nível de conhecimento de graduandos em farmácia de uma Universidade Privada de Fortaleza/CE, sobre o descarte adequado de medicamentos. O estudo é de caráter descritivo, quantitativo, realizado através da aplicação de questionário com amostragem de 100 acadêmicos. Dos entrevistados, 65% (N=65) tinham entre 18 e 23 anos, faixa etária de maior predominância 37% (N=37) dos entrevistados disseram que o grupo B é o correto para descarte de medicamentos. Com relação ao local de descarte, 41% (N=41) afirmam que o local mais conhecido eram farmácias e 98% (N=98) concordaram que o descarte incorreto pode prejudicar o meio ambiente e 2% (N=2) disseram que o descarte não gera prejuízos ao meio ambiente 56% (N=56) dos alunos relataram conhecer algum tipo de legislação sobre o descarte de medicamentos e 44% (N=44) desconhecem qualquer informação sobre legislação. O profissional farmacêutico é um dos responsáveis por educar os pacientes e a população em geral com relação ao descarte correto de medicamentos vencidos ou em desuso. Conclui-se que os acadêmicos tem deficiência quando o assunto é descarte correto dos medicamentos e sobre a legislação, sendo importante uma ação mais atuante na conscientização da importância do descarte correto e seguro de resíduos de medicamentos.
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