RELAÇÃO ENTRE ACIDENTES COM ABELHAS (Apis mellifera scutellata) E COBERTURA ARBÓREA NOS BAIRROS DA CIDADE DE UBERLÂNDIA (MG)
Resumo
Apis mellifera scutellata podem oferecer riscos aos seres humanos. Sendo assim, gerenciar os enxames dessas abelhas em áreas urbanas é uma questão atual. O objetivo do trabalho foi correlacionar o número de ocorrências dos ataques por abelhas e a cobertura arbórea nos bairros da cidade, de acordo com dados da Prefeitura Municipal de Uberlândia/Vigilância Epidemiológica/Programa SINAN NET, obtidos no período de 2009 a 2018 em Uberlândia (MG). Foi realizada análise das séries temporais, mediante coeficiente de correlação ordinal de Spearman e de correspondência (Anacor). O perfil majoritário dos indivíduos atacados foi sexo masculino, faixa etária entre 20 e 60 anos, com tendência a trabalharem em área industrial. Os bairros com maior número de registro de casos foram Umuarama, Santa Mônica e Custódio Pereira. Foi observada forte correlação significativa entre acidentes produzidos por abelhas e áreas de cobertura arbórea no município de Uberlândia (MG). Verifica-se maior frequência de ataques por abelhas em determinados bairros e segmentos populacionais residentes na cidade de Uberlândia. Sendo assim, são discutidas alternativas de intervenção para minimizar os riscos de acidentes com abelhas em áreas urbanas.
Referências
2. Barbosa DB, Crupinski EF, Silveira RN, Limberger, DCH. As abelhas e seu serviço ecossistêmico de polinização. Revista Eletrônica Científica da UERGS. 2017; 3(4): 694-03.
3. Silva WNT, Carmo DM, Marques AS, Nakajima NR, Silva Filho AG, Oliveira CJB et al. Perfil epidemiológico dos acidentes causados por picadas de abelhas no estado de Minas Gerais, Brasil. Revista Saúde e Meio Ambiente. 2019; 9(3): 50-63.
4. Lin W, McBroome J, Rehman M, Johnson BR. Africanized bees extend their distribution in California. PLOS ONE. 2018; 13(1): e0190604.
5. Pucca MB, Cerni FA, Oliveira IS, Jenkins TP, Argemí L, Sørensen CV et al. Bee updated: Current knowledge on bee venom and bee envenoming therapy. Front. Immunol. 2019; 10: 2090. doi: 10.3389/fimmu.2019.02090.
6. Ediger D, Terzioglu K, Ozturk RT. Venom allergy, risk factors for systemic reactions and the knowledge levels among Turkish beekeepers. Asia Pacific Allergy. 2018; 8(2): e15
7. D'Avila M, Marchini LC. Polinização realizada por abelhas em culturas de importância econômica no Brasil. Boletim de Indústria Animal. 2005; 62(1): 79-90.
8. Simone-Finstrom M, Li-Byarlay H, Huang MH, Strand MK, Rueppell O, Tarpy DR. Migratory management and environmental conditions affect lifespan and oxidative stress in honey bees. Scientific Reports. 2016; 6: 32023.
9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Cidades e Estados. Uberlândia. 2017. Acesso em 27 maio 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/CIDADES-E-ESTADOS/MG/UBERLANDIA.HTML.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Acidentes por animais peçonhentos: o que fazer e como evitar. 2013. Acesso em 27 maio 2020. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos.
11. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. 2016.
12. Jung, M. Leco S - A python plugin for automated landscape ecology analysis. Ecological Informatics. 2016; 31: 18–21.
13. Terças ACP, Vivi VK, Machado C, Lemos, ERS. Aspectos epidemiológicos dos acidentes por picada de abelha africana. Journal Health NPEPS. 2017; 2(1): 58-72.
14. Silva LC. O mapeamento das áreas verdes urbanas de Uberlândia (MG): análise da concentração de investimentos públicos. 2018. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Goiás, Catalão.
15. Silveira DC da, Maracajá PB, Silva RA da, Sousa RM, Soto-Blanco B. Variações diurna e sazonal da defensividade das abelhas africanizadas (Apis mellifera L.). Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal. 2015; 16(4): 925-934.
16. Oliveira AM, Costa HSM. A trama verde e azul no planejamento territorial: aproximações e distanciamentos. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. 2018; 20(3): 538-555.
Declaro que os conteúdos apresentados nos artigos e demais trabalhos são de minha autoria e tenho total responsabilidade sobre os mesmos, os quais estou cedendo os direitos autorais à Revista Saúde e Meio Ambiente, para fins de divulgação científica em qualquer meio disponível.