MARCADORES MORFOLÓGICOS EM DUAS POPULAÇÕES DE Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers, BIGNONIACEAE.

  • Maria José Neto Universidade federal de Mato Grosso do Sul- Campus de Três Lagoas- Curso de Biologia
  • Giovani Carlos Andrella Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
  • Vitor Cassius Dos Santos Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
  • Luan Ferreira Bordino Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
  • Rony Carlos Barcelos Blini Mestre em Geografia- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-CPTL
Palavras-chave: Dados morfométricos. Marcadores morfológicos. Flor-de-são-joão.

Resumo

Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers, Bignoniaceae, muito ornamental, ocorre comumente em formações florestais do cerrado brasileiro, sendo encontrada nas bordas e no interior dos cerradões do estado de São Paulo. Devido à sua presença em várias comunidades florestais do cerrado em florestas estacionais semideciduais e formações florestais do sul do Brasil, a espécie torna-se componente importante destas paisagens; em áreas onde a vegetação original sofreu alterações, aparece como ruderal. As coletas foram realizadas em junho de 2015, os exemplares da população produtora de flores alaranjadas intenso foram coletados no município de Três Lagoas-MS; as de flores laranja claro no município de Castilho-SP. Foram tomadas medidas lineares em centímetros dos órgãos reprodutivos e vegetativos, englobando todos os verticilos florais; o comprimento das pétalas foi medido levando-se em conta o enrolamento das mesmas, evitando dessa forma que as mesmas se quebrassem no momento da execução. A escolha em se utilizar de flores para efetuar os estudos em questão justifica-se no fato de que foram nestes órgãos, precisamente na coloração das pétalas, que as diferenças visualmente evidenciaram-se. Quanto aos dados morfométricos, para os quesitos pedúnculo, cálice, corola, o conjunto estilete e estigma e comprimento dos estames tanto os maiores quanto os menores, característicos da família Bignoniaceae, as médias obtidas a partir das flores da população com flores laranja intenso são maiores, já no quesito comprimento da antera, as flores da população com flores laranja claro são maiores. Sugere-se que esses marcadores morfológicos possam servir de subsídios para futuros estudos que envolvam marcadores moleculares ou genéticos.

Biografia do Autor

Maria José Neto, Universidade federal de Mato Grosso do Sul- Campus de Três Lagoas- Curso de Biologia
Professora Doutora do Curso de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-Campus de Três Lagoas-MS
Giovani Carlos Andrella, Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
Graduando em Ciências Biológicas – Licenciatura na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/CPTL
Vitor Cassius Dos Santos, Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
Graduando em Ciências Biológicas – Licenciatura na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/CPTL
Luan Ferreira Bordino, Aluno do curso de graduação em ciências biológicas-UFMS- Campus de Três Lagoas
Graduando em Ciências Biológicas – Licenciatura na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/CPTL
Rony Carlos Barcelos Blini, Mestre em Geografia- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-CPTL

Mestre em Geografia/CPTL

 

Referências

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Publicado
2016-03-01
Seção
Artigos