AFERIÇÃO, CÁLCULO E ANÁLISE DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE SERVIDORES DA UNICAMP: avaliação longitudinal
Resumo
Objetivou-se neste trabalho diagnosticar e analisar o Índice de Massa Corporal (IMC) adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de 205 servidores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Participaram pessoas de ambos os sexos e faixa etária de 24 a 62 anos, que fizeram inscrição e participaram das atividades físicas do Programa Mexa-se, nos grupos da área da saúde (G1, G2 e G3) e da área administrativa (G4, G5 e G6). Foram mensurados o peso corporal, com balança digital Filizola (precisão de 100g), e a estatura, com estadiômetro Tipo Trena Sanny (precisão 0,1 cm), calculando-se os valores de IMC. As medidas de peso e altura foram aferidas no início das atividades no programa, quando houve o preenchimento da ficha de anamnese. Resultados: G1 = 25,8; G2 = 23,9 e G3 = 25,9 – Área da saúde – e Grupos G4 = 26,9; G5 = 27,1 e G6 = 25,7 – Área administrativa. Quando comparado o IMC entre os grupos das áreas saúde e administrativa, verificou-se que apenas no G2 o IMC foi inferior a 25,0. Nos demais grupos o IMC esteve acima dos padrões considerados normais. Destaca-se o IMC dos grupos 4 e 5 (26,9 e 27,1) da área administrativa, em que o IMC se classifica como excesso de peso ou obesidade leve. Verificou-se que o IMC encontra-se alterado, o que merece atenção profissional, para que os servidores recebam orientações sobre reeducação alimentar e práticas de atividades físicas diárias, inclusive no ambiente de trabalho. Desse modo, estes resultados são relevantes no que concerne à discussão e planejamento de estratégias mais efetivas a respeito da saúde física e de programas que fomentem, imbuindo à prática regular de atividade física e dieta balanceada de qualidade nutricional aos servidores.
Referências
2. Silventoinen, K, Tatsuse T, Martikainenm P, Rahkonen O, Lahelma E, Sekine M et al. Occupational class differences in body mass index and weight gain in Japan and Finland. J. Epidemiol. 2013; 23(6):443-450. Disponível em: http://dx.doi.org/10.2188/jea.JE20130023. Acesso em: 21.dezembro.2020.
3. Schimidt MI, Duncan BB, Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: Burden and current challenges. Lancet. 2011; 377(9781):1949-1961. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60135-9. Acesso em: 02.junho.2021.
4. Solovieva S, Lallukka T, Virtanen M, Viikari-Juntura E. Psychosocial factors at work, long work hours, and obesity: A systematic review. Scand J Work Environ Health. 2013; 39(3):241-258. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5271/sjweh.3364. Acesso em: 13.maio.2022.
5. Lewin A, Pannier B, Méline J, Karusisi N, Thomas F, Chaix B. Residential neighborhood, geographic work environment, and work economic sector: associations with body fat measured by bioelectrical impedance in the RECORD Study. Ann Epidemiol. 2014; 24(3):180-186. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24462271/. Acesso em: 29.janeiro.2023.
6. Luckhaupt SE, Cohen MA, Li J, Calvert GM. Prevalence of obesity among U.S. workers and associations with occupational factors. Am J Prev Med. 2014; 46(3):237-248. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.amepre.2013.11.002. Acesso em: 11.outubro.2022.
7. Oliveira RAR, Moreira OC, Lopes PRNR, Amorim W, Breguez MS, Marins JCB. Variáveis bioquímicas, antropométricas e pressóricas como indicadores de risco cardiovascular em servidores públicos. Fisioter Mov. 2013; 26(2):369-377. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-51502013000200014. Acesso em: 09.novembro.2021.
8. Blanch A, Aluja A. Psychosocial work dimensions, personality, and body mass index: Sex differences. Int J Occup Med Environ Health. 2013; 26(4):572-580. Disponível em: http://dx.doi.org/10.2478/s13382-013-0121-3. Acesso em: 14.dezembro.2022.
9. Kim MJ, Son KH, Park HY, Choi DJ, Yoon CH, Lee HY et al. Association between shift work and obesity among female nurses: Korean Nurses' Survey. BMC Public Health. 2013; 13:1204. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-13-1204. Acesso em: 07.janeiro.2022.
10. World Health Organization. WHO fact files: Ten facts on obesity. Geneva: Who; 2014 [cited 2014 Jan 31]. Available from. Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/obesity/en/index.html. Acesso em: 12.janeiro.2022.
11. Sallis JF, Glanz K. Physical activity and food environments: Solutions to the obesity epidemic. Milbank Q., 2009; 87(1):123-154. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1468-0009.2009.00550.x. Acesso em: 29.janeiro.2023.
12. Townshend T, Lake A. Obesogenic environments: Current evidence of the built and food environments. Perspect Public Health, 2016; 137(1):38-44. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28449616/. Acesso em: 29.janeiro.2023.
13. Augusto NA, Loch MR, Dias DF, Silva AM. Incidência de aumento e redução do Índice de massa corporal na meia-idade: seguimento de quatro anos. Ciênc. Saúde Coletiva, 27 (04), 2022. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2022.v27n4/1455-1468/. Acesso em: 14.out.2022.
14. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2014.pdf. Acesso em: 29.janeiro.2023.
15. Costa JH da. Reflexões Contemporâneas sobre a Qualidade de Vida no Trabalho. Limite, Perspectivas e Desafios. Expressão gráfica e Editora. Fortaleza, 2013.
16. Zamai CA, Silva VSX. Aferição, cálculo e análise do índice de massa corporal de servidores da Unicamp. Campinas: Anais... V Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes de Graduação da Unicamp, SAE-unicamp, 2022.
17. IBGE. Obesidade no Brasil. Disponível em:https://www.seaaccampinas.org.br/obesidade-atingiu-um-quarto-dos-adultos-brasileiros-em-2019/ Acesso em: 31.jam.2023.
18. Gil AC. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220 p.
Declaro que os conteúdos apresentados nos artigos e demais trabalhos são de minha autoria e tenho total responsabilidade sobre os mesmos, os quais estou cedendo os direitos autorais à Revista Saúde e Meio Ambiente, para fins de divulgação científica em qualquer meio disponível.
