Indicadores de Sustentabilidade e a esquistossomose em Minas Gerais

  • Jose paula Paula Silva
Palavras-chave: esquistossomose, indicadores, sustentabilidade

Resumo

Introdução – No presente artigo foram elencados indicadores relacionados ao desenvolvimento sustentável, determinando suas possíveis correlações espaciais e condicionais com a esquistossomose em Minas Gerais. Materiais e métodos - Em consonância com as ODS, bem como a proposta do Atlas de Desenvolvimento sustentável em Saúde, foram escolhidos três indicadores. O indicador da dimensão econômica foi a proporção da população em extrema pobreza, o da dimensão social foi a proporção da população analfabeta, e o da dimensão ambiental foi a falta de acesso à água encanada.  Foi determinado também, o número de notificações de esquistossomose por 100 mil habitantes. Resultados - Considerando os mapas condicionais, e a análise Bivariada de Moran, dos três indicadores, o de maior relação com a esquistossomose foi a variável analfabetismo, seguido de extremamente pobre e por último a ausência de água encanada. Conclusão - Os indicadores das dimensões econômica, social e ambiental estão relacionados a esquistossomose, e possuem  correlações espaciais com a doença. A escolha dos indicadores, analfabetismo, extrema pobreza e sem acesso a água encanada, pode ser utilizada como forma de monitoramento da esquistossomose, reforçada pelo fato dos mesmos serem incluídos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Biografia do Autor

Jose paula Paula Silva

Faculdade de Medicina Atenas

Universidade do Estado de Minas Gerais

Curso de medicina

Referências

OPAS. Atlas de desenvolvimento Sustentável e Saúde. Brasil: 1991 a 2010. Brasília. DF. : OPAS, 2015. 257 ISBN 978-85-7967-100-5.

ONU. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030

para o Desenvolvimento Sustentável. Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2015. New York: ONU: 49 p. 2015.

ASSIS, S. S.; JORGE, T. A. As doenças negligenciadas e a promoção da saúde: possibilidades e limites para a articulação entre os currículos de Ciências e o Programa Saúde na Escola (PSE). Rio de Janeiro: RevistaSBEnBio: 7 p. 2014.

PAULA SILVA, J. A esquistossomose em Minas Gerais: fatores econômicos e ambientais. Ambiental em Ação, v. 1, n. 56, junho de 2016 2016. ISSN 1678-0701.

BRASIL, M. D. S. Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação - Minas Gerais. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2011. ISBN 978-85-334-1887-5.

SANTOS, S. M.; SOUZA, W. V. Introdução à estatística espacial para a saúde pública. Brasília: Ministério da Saúde/Fundação Oswaldo Cruz, v. 3, n. 122, 2007.

ANSELIN, L. Exploring Spatial Data With GeoDa: A Work Book. Spatial Analysis Laboratory, University of Illinois. Center for Spatially Integrated Social Science, 2005.

ANSELIN, L.; SYABRI, I.; KHO, Y. GeoDa: an introduction to spatial data analysis. Geographical analysis, v. 38, n. 1, p. 5-22, 2006. ISSN 1538-4632.

SCOTT, D. W.; WOJCIECHOWSKI, W. C. Conditioning multiple maps. Proceeding, dg.o.2001, National Conference for Digital Government Research. Los Angeles, CA 2001.

BRASIL. Sistema de Informação de Agravos e Notificação. Brasília - DF, 2016. Disponível em: < http://portalsinan.saude.gov.br/ >.

______. Estimativas populacionais para os municípios brasileiros. 2014. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2014/default.shtm >. Acesso em: 02/02/2015.

ALMEIDA, E. Econometria Espacial Aplicada. 1ª. Campinas: Editora Alínea, 2012. ISBN 9785-85-7516-601-7.

SAUCHA, C. V. V.; SILVA, J. A. M. D.; AMORIM, L. B. Basic sanitation conditions in schistosomiasis hyperendemic areas in Pernambuco State, Brazil, 2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 3, p. 497-506, 2015. ISSN 2237-9622.

SANTOS, F. et al. Pesquisa, desenvolvimento e inovação para o controle das doenças negligenciadas. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 33, n. 1, p. 37-47, 2012. ISSN 1808-4532.

GALLO, E. et al. Saúde e economia verde: desafios para o desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, p. 1457-1468, 2012. ISSN 1413-8123.

BRASIL. Doenças negligenciadas: prioridade das prioridades. Brasilia: Ministério da Saúde 2008.

HOTEZ, P. J.; FUJIWARA, R. T. Brazil's neglected tropical diseases: An overview and a report card. Microbes and infection, 2014.

FERRARI, A. R. Analfabetismo no Brasil: tendência secular e avanços recentes resultados preliminares. Cadernos de Pesquisa, n. 52, p. 35-49, 2013. ISSN 1980-5314.

NAOE, A. Superação do analfabetismo permanece como meta não alcançada. ComCiência, p. 0-0, 2011. ISSN 1519-7654.

SILVA, P. C. V.; DOMINGUES, A. L. C. Aspectos epidemiológicos da esquistossomose hepatoesplênica no Estado de Pernambuco, Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 20, p. 327-336, 2011. ISSN 1679-4974.

Publicado
2018-08-04