What gender ideology?

The emergence of a fundamentalist religious theory and its actions in democracy

  • Leonardo Nascimento Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Keywords: Discursive formation, gender, sexuality, gender ideology, christian fundamentalism

Abstract

Discourses are intrinsically linked to sociocultural and ideological relations; they do not exist outside relations and, therefore, cannot be analyzed outside relations. We are crossed by discursive formations that constitute us as subjects. The discursive formations are sets of discourses crossed by regimes of truth, which legitimize institutional and body systems of domination and exclusion. Sexuality is a blocked field, and standardized by different discourses. Thus, one has to ask: How do the discursive formations operate, crossed by the Christian religious fundamentalist discourse that blocks and standardizes sexuality? To reflect on this question, I propose to analyze and deconstruct a given discursive formation, crossed by Christian religious - fundamentalist and political-legal discourses: I refer to the “crusade” taken on the eve of approval of the National Education Plan (NEP), in 2014, by conservative deputies, mobilized by Christian fundamentalists inside and outside the political representation field, against what was defined as “gender ideology”. This (pre)conception generated echoes that, unfortunately, remain latent, which is why I propose myself to conduct such analysis. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Leonardo Nascimento, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)

Historiador, mestrando em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Universitário de Rondonópolis (UFMT/CUR). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8675271696641073.

References

ALVES, Laci Maria Araújo. Família e desafios contemporâneos. A Tribuna: Mato Grosso Digital. Publicado em 24 de junho de 2015. Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/2015/06/familia-e-desafios-contemporaneos/

AMORIM, Marilia. Enunciado científico e texto polifônico. In: O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas Ciências Humanas. São Paulo: Musa Editora, 2001.

BARTHES, Roland. Aula: aula inaugural da cadeira de Semiologia Literária do Collége de France, pronunciada em 7 de janeiro de 1977. 14 ed. São Paulo: Cultrix, 1977.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo I: fatos e mitos. 4 ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo II: a experiência vivida. 2 ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.

BENTO, Berenice. As famílias que habitam “a família”. Sociedade e cultura, Goiânia, v. 15, n. 2, p. 275-283, 2012. DOI: https://doi.org/10.5216/sec.v15i2.22396

BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BRASIL. Câmara dos deputados. Projeto de lei PL 6583/2013. Dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor= 1174409&filename=Avulso+-PL+6583/2013.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 7 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

CARVALHO, Adalberto Dias de. Filosofia da educação e contemporaneidade: entre a crise e a esperança. I congresso internacional de Filosofia da Educação de países e comunidades de língua portuguesa: pessoa, sociedade e desenvolvimento: as perspectivas da Filosofia da Educação. Universidade Nove de Julho, São Paulo, 12 p., 2009.

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

COMENIUS, João Amós. Didáctica magna. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

COSTA, Marisa Vorraber; SILVEIRA, Rosa Hessel; SOMMER, Luis Henrique. Estudos culturais, educação e pedagogia. Revista Brasileira de Educação, Campinas, n. 23, p. 36-61, 2003.

COSTA, Marisa Vorraber; SILVEIRA, Rosa Hessel; SOMMER, Luis Henrique. Estudos culturais, educação e pedagogia. Revista Brasileira de Educação, Campinas, n. 23, p. 36-61, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200004

CUNHA, Érika Virgílio Rodrigues da; GARSKE, Lindalva Maria Novaes; MARIANO, Carmem Lúcia Sussel; SALGADO, Raquel Gonçalves; SAMPAIO, Paula Faustino; TROVÃO, Flávio Vilas-Bôas. Por que é importante falar de gênero? A Tribuna: Mato Grosso Digital. Publicado em 21 de junho de 2015. Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/2015/06/por-que-e-importante-falar-de-genero/

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 5 ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 13 ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

JUNQUEIRA, Rogério Diniz (org.). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília: Ministério da Educação, 2009.

LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista estudos feministas, Florianópolis, v.9, n. 2, p. 541-553, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200012

MISKOLCI, Richard. A teoria queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, n. 21, p. 150-182, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-45222009000100008

STAM, Robert. De Bakhtin ao cinema. Bakhtin: da teoria literária à cultura de massa. São Paulo: Ática. 1992.

TONDELLO, Dom Neri José. Nota da CNBB: “ideologia de gênero”. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: Regional Oeste II. Publicado em 6 de junho de 2015. Disponível no site: http://www.diocesederondonopolis.org.br/2015/2015/06/nota-da-cnbb-ideologia-de-genero/

Published
2017-01-28
How to Cite
NASCIMENTO, L. What gender ideology? . albuquerque: journal of history, v. 7, n. 13, p. 85-100, 28 Jan. 2017.
Section
Dossiê: Outras eróticas e desejos possíveis, vol. I