EDUCAÇÃO E CULTURA COMO FORMAÇÃO CRÍTICA

ANOTAÇÕES SOBRE O PAPEL DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO

Résumé

Esta pesquisa trata do papel da filosofia na educação. Seguimos o pensamento do Adorno (2003), em que a filosofia pode ser útil ao manter-se como teoria. A questão central aqui é: a filosofia pode contribuir para a formação crítica? Nesse sentido, queremos discutir o potencial da filosofia como pensamento crítico para a educação. Partimos do entendimento de que hoje em dia estamos mais “engolidos” no pragmatismo neoliberal do que na época do adorno, exatamente porque não vemos a filosofia como ele a propõe, mas simplesmente como mais um “conteúdo” a ser deglutido pelos professores e estudantes. Pensada dessa forma, a filosofia, pode ser uma espécie de oásis, um ponto de inflexão, desde onde podemos dos nutrir e recarregar as potências utópicas ao, dialeticamente, mantermos aberta a imaginação política necessária a práxis educativa (radical, crítica, etc.). De modo geral, trata-se de uma pesquisa qualitativa bibliográfica de cunho descritivo-exploratório. O texto está organizado em cinco seções principais: a introdução, com uma apresentação geral do trabalho; “o que significa manter-se enquanto teoria?” em que iniciamos a fundamentação delineando aspectos da noção de filosofia ; “mas e a práxis?” que da continuidade a fundamentação trazendo essa dimensão crítica da filosofia pro campo da práxis critico-educativa; “teremos a coragem de aprender e ensinar?” que funciona como espaço de análises, onde dialogamos com os dados levantados na revisão integrativa e com os conceitos dos autores, para discutir sobre o papel que a filosofia pode ter para a educação e, por fim, considerações finais na qual sintetizamos brevemente o entendimento de que ela (a filosofia) pode ter um papel importante, se entendida como teoria, conforme a proposta de Adorno.