DE LUGAR MAIS VIOLENTO DO MUNDO A LUGAR DO SAMBA – CARNAVAL E IDENTIDADE NA BAIXADA FLUMINENSE

  • Enderson Albuquerque UERJ
  • Ana Beatriz Barbosa da Silva UNESA

Resumo

Originadas em grande parte a partir de loteamentos periféricos, as correlações feitas à Baixada Fluminense na década de 1970, a associava aos grupos de extermínio, à pobreza, a “lugar longe”, “roça” etc. Em contraposição a essas concepções negativas, na segunda metade desta década pôde se somar um aspecto cultural advindo da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, quando esta se tornou a primeira agremiação carnavalesca fora da capital a vencer o carnaval. Nesse sentido, o artigo em questão almeja discutir a natureza da identidade construída em torno dessa agremiação para o conjunto dos municípios baixadianos. Para atingir esse objetivo, optamos pela pesquisa documental com o próposito de reunir informações acerca do nosso objeto de estudo, contextualizando, assim, a gênese da formação identidária positiva na região. Nossa análise apontou que em um contexto no qual as geografias imaginativas referentes à Baixada Fluminense eram majoritariamente negativas, a instituição carnavalesca em questão passou a ser um atributo positivo associado à região e, assim, forjou uma identidade para além de seu município sede.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade; Baixada Fluminense; Beija-Flor de Nilópolis; Carnaval.

Publicado
2020-12-24
Como Citar
ALBUQUERQUE, E.; BARBOSA DA SILVA, A. B. DE LUGAR MAIS VIOLENTO DO MUNDO A LUGAR DO SAMBA – CARNAVAL E IDENTIDADE NA BAIXADA FLUMINENSE . Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Três Lagoas , v. 1, n. 32, p. 95-131, 24 dez. 2020.
Seção
Artigos