SEPARAR PARA CONTROLAR: OS SENTIDOS DA COMIDA NA CEAGESP DE SÃO PAULO/SP
Resumo
Desde as mais antigas formas de comercialização de alimentos, como as feiras-livres, até a consolidação das grandes cadeias nacionais e internacionais de abastecimento, as distâncias necessárias ao encontro entre produção e consumo têm sido progressivamente aumentadas, com implicações no aumento dos preços e, consequentemente, na redução do acesso aos alimentos, sobretudo para as famílias mais pobres. Nesse âmbito, este artigo tem como objetivo analisar os significados da CEAGESP de São Paulo/SP para o abastecimento alimentar hortifrúti, de maneira a destacar as estratégias de separação e controle perpetradas pelo capital comercial e industrial. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o assunto, com especial atenção para os conceitos de regimes alimentares internacionais e impérios alimentares. Além disso, foram realizados trabalhos de campo na CEAGESP de São Paulo/SP e no município de Piedade/SP. Antes de articular produção e consumo, os atravessadores instalados nas centrais de distribuição têm a sua existência assegurada na constante separação entre os extremos da alimentação, de maneira cobrar pelo encontro entre ambos. Portanto, faz-se necessário questionar o atual sistema de produção e distribuição de alimentos, de maneira a pensar estratégias para a construção de uma alimentação emancipada do jugo dos atravessadores.
PALAVRAS-CHAVE: Regimes alimentares internacionais; Impérios alimentares; Centrais de abastecimento; Hortifrútis.
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