DA GEOGRAFIA TRADICIONAL AO PENSAMENTO GEOGRÁFICO CRÍTICO
Abstract
Neste artigo, procuramos abordar as questões e posicionamentos teóricos que contribuíram para a construção e estruturação do pensamento geográfico crítico, que se opõem metodológica e politicamente às bases da Geografia tradicional. Para isso, utilizamos diferentes autores vinculados à corrente da Geografia crítica que fundamentam a posição teórica e nos ajudam a definir o objeto de estudos da Geografia, o espaço geográfico, social e historicamente produzido. Subimos, como disseram, nos ombros de gigantes para tentar ver ao longe. Entendemos que neste processo de renovação da Geografia, podemos destacar a apropriação metodológica do materialismo histórico-dialético, por parte dos geógrafos, como instrumento metodológico fundamental de sua renovação, o que permitiu, à ciência geográfica, observar e analisar a produção do espaço como processo sócio-histórico espacial e suas contradições. Do momento em que se procura compreender as relações de poder no espaço socioeconômico e territorial, a Geografia Crítica expõe sua essência a contemporaneidade, de forma peculiar para contribuir no entendimento dos jogos de poder intercalados ao espaço/tempo. Assim, as complexas interlocuções que envolvem os Estados Nacionais e as sociedades impactadas pelo poder/capital exigem uma análise crítica e coerente que coloque em tela as discussões que a massa social mormente deixa passar desapercebida. Destaca-se como resultado desse exercício a divergência metodológica, a definição do objeto e na ressignificação dos conceitos da Geografia Crítica em face à Geografia Tradicional. Enfim, trata-se de um exercício que permitirá, sobretudo, aos que por diferentes motivos se aproximam da Geografia, imiscuir-se ao debate.
PALAVRAS-CHAVE: Geografia Tradicional; Geografia Crítica; Teoria; Sociedade; Espaço;
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