ESGOTAMENTO DA POLÍTICA PÚBLICA DE REFORMA AGRÁRIA?
Resumen
O campesinato brasileiro foi formado na contradição da expansão capitalista comandada pelos grandes proprietários de terra, que, apropriando-se de extensas áreas, ora bloqueavam o acesso à terra por parte do campesinato, ora cediam em virtude dos enfrentamentos seculares. Situação manifesta no estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, uma vez que a questão agrária nestes estados resultou, inicialmente, da especulação da terra e, posteriormente, da expansão das atividades monocultoras que propiciavam a apropriação de renda alta, como: soja, cana, algodão, milho e eucalipto. Neste sentido, objetivamos analisar os avanços e recuos da política pública de Reforma Agrária mato-grossense e sul-mato-grossense neste contexto de permanência e mudança do uso do espaço agrário por parte do capital. Para tanto, nos alicerçamos em revisão bibliográfica de obras sobre a questão agrária e a Reforma Agrária e na elaboração de gráficos e tabelas a partir da sistematização de informações do Banco de Dados do DATALUTA (2005 – 2012). Em suma, afirmamos que a longa caminhada do campesinato brasileiro não terminou, essa classe continua se (re)criando, e resistindo, muitas vezes por meio de estratégias ambíguas próprias destas situações de reprodução social sob condição de bloqueio.
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