A POLÍTICA FUNDIÁRIA DO BANCO MUNDIAL: EXPERIÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA
Resumo
No contexto de mundialização e da expansão geográfica do capital, os Estados nacionais de países da América Latina promoveram alterações em suas políticas econômicas e sociais, em contrapartida aos empréstimos concedidos por agências multilaterais como o Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, sobretudo a partir da década de 1990, alinhando-se fortemente às políticas neoliberais desenvolvidas por essas instituições. Considerando-se esse contexto, o objetivo deste trabalho consiste em discutir como o Banco Mundial, a partir da década de 1990, subordinou os Estados latino-americanos ao ajuste macroeconômico, promovendo a reconfiguração nas políticas públicas sociais, principalmente, por meio da implementação de políticas focalizadas e do estímulo ao mercado de terras, provocando diversos desdobramentos territoriais no Brasil, Colômbia e Guatemala (Ramos Filho, 2008; Pereira, 2017; 2018). Para desenvolver a discussão proposta, utilizar-se-á estudos a respeito dos desdobramentos das políticas agrárias orientadas pelo Banco Mundial, implementadas na América Latina com base no crédito, como as pesquisas realizadas por: Pereira, (2017; 2018), Ramos Filho (2013); Rezende e Mendonça (2004); Sauer (2004), Mondragón (2004); Tanaka e Wittman, (2004); e Pereira e Fajardo (2015), entre outros(as). A partir da análise realizada por esses(as) pesquisadores(as), infere-se que, no contexto da questão agrária desses países, a implementação de políticas fundiárias, com base no crédito, evidencia, por meio do endividamento e das condições precárias de acesso e permanência na terra, o caráter contraditório inerente à política de crédito fundiário.
PALAVRAS-CHAVE: América Latina; Mercado de Terras; Crédito Fundiário; Campesinato.
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