ANÁLISE DA CATEGORIA DESCRITIVA EM “AMOR”, DE ADRIANA LISBOA

  • Osmar Casagrande Júnior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Rauer Ribeiro Rodrigues Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Palavras-chave: Categoria descritiva. Espaço ficcional. Conto.

Resumo

Analisamos a categoria descritiva no conto “Amor”, do livro Caligrafias (2004), de Adriana Lisboa. Essa leitura considera o debate sobre a descrição na literatura, partindo de Lukács, passando por Philippe Hamon, Gérard Genette, Antonio Candido e Luis Alberto Brandão. Propõe-se que a descrição do espaço constitui função narrativa e não apenas acessória ou contextual nesse conto. A partir disso, mostra-se como o espaço ficcional permite a leitura de “Amor” como pertencente ao gênero conto, considerando as teses de Ricardo Piglia.

Biografia do Autor

Osmar Casagrande Júnior, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Doutorando em Letras no PPGLetras/UFMS
Rauer Ribeiro Rodrigues, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Docente na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Letras/CPAN e PPGLetras/CPTL

Referências

BRANDÃO, Luis Alberto. Cultura e espaço na teoria da literatura. Via atlântica, São Paulo, n. 8, dez. 2015. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50013>. Acesso: 10 jan. 2019.

BRECHT, Bertold. Observações sobre um ensaio. In: MACHADO, Carlos E. J. (Org. e Anal.). Um capítulo da história da modernidade: Debate sobre o expressionismo. São Paulo: Unesp, 2016, p. 300-304.

CANDIDO, Antonio. Degradação do espaço. In: _______. O discurso e a cidade. 3. ed. São Paulo / Rio de Janeiro: Duas Cidades / Ouro sobre azul, 2004, p. 49-82.

CARVALHO, Sérgio de. Brecht e a polêmica sobre o Expressionismo. Marx e o Marxismo, Niterói, v.3, n.5, p. 313-324, jul/dez 2015. Disponível em <http://www.niepmarx.blog.br/revistadoniep/index.php/MM/article/view/144>. Acesso: 10 jan. 2019.

GAMA-KHALIL, Marisa Martins. O lugar teórico do espaço ficcional nos estudos literários. Revista da Anpoll, São Paulo, v. 47, n. 1, 2018. Disponível em: <https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/166>. Acesso: 10 jan. 2019.

GENETTE, Gérard. Fronteiras da narrativa. In: BARTHES, Roland et. al. Análise estrutural da narrativa. Trad. Maria Zélia Barbosa Pinto. 7ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 265-284.

HAMON, Philippe. O que é uma uma descrição. In: HAMON, Philippe; HOSSUM-GUYON, François Van e SALLENAVE, Daniele. Categorias da narrativa. Trad. Cabral Martins. Lisboa: Vega, s.d., p. 56-75

LISBOA, Adriana. Caligrafias. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

______. Adriana Lisboa. Jornal Rascunho: paiol literário, Curitiba, nov. 2011, ed. 127. Editado por Luís Henrique Pellanda. Disponível em: <http://rascunho.com.br/adriana-lisboa/>. Acesso: 10 jan. 2019.

LUKÁCS, Georg. Narrar ou descrever. In: ______. Ensaios sobre literatura. Trad. Leandro Konder. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1965, p. 43-94.

PELLEGRINI, Tânia. Realismo: postura e método. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 137-155, dez. 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/4119>. Acesso: 10 jan. 2019.

PEN, Marcelo. Autoras fundem realidade e ficção. Folha de S. Paulo: ilustrada, São Paulo, 15 de jan. 2005. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1501200513.htm>. Acesso: 10 jan. 2019.

PIGLIA, Ricardo. Teses sobre o conto. In: _____. Formas breves. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. p. 87-94.

Publicado
2019-09-04