Turismo de Base Comunitária e Gestão Participativa em Áreas Protegidas
Resumo
O artigo analisa publicações sobre o Turismo de Base Comunitária (TBC) e a Gestão Participativa em Áreas Protegidas e identifica qual a abordagem dos autores dessas publicações sobre os macrotemas abordados. Apresenta uma importante perspectiva sobre a possibilidade do turismo ocorrer em Unidades de Conservação, territórios naturais como principal atrativo turístico pela comunidade local, geralmente moradores tradicionais. Promovendo uma reflexão sobre a participação das comunidades tradicionais na preservação, conservação e gestão do turismo destas unidades visando o incremento e fortalecimento socioambiental. Adotou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, do tipo descritiva de abordagem qualitativa, realizando-se a análise do conteúdo de 13 estudos selecionados por sua relação com o tema e com as palavras-chave da pesquisa, utilizando o método desk Research. Na discussão, realizou-se a análise de conteúdo da amostra e organização de postulados por similaridade, os quais foram categorizados pelos seguintes aspectos: turismo em áreas protegidas; gestão participativa do TBC; gestão participativa em áreas protegidas. Concluiu-se que o TBC, pode ser um instrumento alavancador para o desenvolvimento do turismo nas comunidades tradicionais em áreas protegidas, proporcionando preservação, conservação e fortalecimento da economia nas comunidades locais, com a participação efetiva da sociedade no controle e gestão das ações, inclusive na formação de associações e cooperativas.
Downloads
Referências
Alexandre, L. (2018). (Re)invenção do Turismo de Base Comunitária no litoral sul sergipano: turismo e economia criativa como elos de gestão participativa (Tese de doutorado). Universidade Federal de Sergipe, Aracaju.
Almeida, T. C., & Emmendoerfer, M. L. (2022). Turismo de Base Comunitária E Desenvolvimento Local Sustentável: conexões e reflexões. Revista de Turismo Contemporâneo, 11(1), 14–49.
Andrade, F., & Lima, V. (2016). Gestão participativa em Unidades de Conservação: uma abordagem teórica sobre a atuação dos conselhos gestores e participação comunitária. Revista Eletrônica Mutações, 7(13), 21–40.
Araújo, F. O. (2015). Turismo de base comunitária: um estudo de caso no Distrito de Enxu Queimado, Pedra Grande-RN (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Bardin, L. (2009). Análise de Conteúdo. São Paulo: 70ª Edições.
Barros, L., & Leuzinger, M. (2020). Turismo de Base Comunitária e os desafios para sua implementação em Unidades de Conservação. Revista Direitos Sociais e políticas públicas (UNIFAFIBE), 8(2), 112–135.
Beni, M. C. (2001). Análise Estrutural do Turismo (2ª ed.). São Paulo: SENAC.
Betti, P., & Denardin, V. (2013). Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação: justiça ambiental para o desenvolvimento local. Revista Brasileira de Ecoturismo, 6(4), 176–190.
Boukhris, L., & Peyvel, E. (2019). O Turismo frente aos desafios dos paradigmas pós e decoloniais. Revista Via, 1(16), 1–14.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil (1988).
Brasil. Lei Federal n.º 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências (2000).
Castro, A. (2010). Revisão Sistemática e Meta-análise. São Paulo: MBE/UNIFESP.
Clarke, M., & Oxman A. (2001). Introduction. Cochrane Reviewers’ Handbook 4.1 [updated March; Section 1. In: Review Manager. England: The Cochrane Collaboration.
Clarke, M., & Oxman, A. (2001). Review Manager. England: The Cochrane Collaboration.
Coelho, A. (2012). Terceirização e participação na gestão em Unidades de Conservação estaduais do Amazonas (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Amazonas, Manaus.
Coutinho, G. (2015). Turismo comunitário e participação social em Unidades de Conservação: possibilidades de integração entre o Parque Estadual de Vila Velha –PR e a sua região de entorno (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Cruz, S. H. R. (2008). Turismo sustentável na Amazônia: o contexto do desenvolvimento endógeno. In: FIGUEIREDO, S. L. (Org.). Turismo, lazer e planejamento urbano regional. Belém: NAEA.
Dávalos, P. (2008). Reflexiones sobre el Sumak Kawsay (el Buen Vivir) y las teorías del desarrollo. Quito: ALAI.
Dias, T., & Drummond, J. (2008). Gestão participativa na reserva biológica do Lago Pirituba (Amapá). OLAM Ciência & Tecnologia, 8(1), 242–267.
Domareski-Ruiz, T. C.; Gândara, J. M. G. (2013). A Relação entre o Planejamento Urbano e a Competitividade dos Destinos Turísticos. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 2(7), 260–280.
Dores, L. A. O. (2015). Turismo de Base Comunitária como indutor de desenvolvimento local: um estudo da realidade e potencialidades no Distrito de Porto Salvo, município de Vigia de Nazaré – PA (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Pará, Belém.
Everingham, P., & Chassagne, N. (2020). Post COVID-19 ecological and social reset: moving away from capitalist growth models towards tourism as Buen Vivir. Tourism Geographies, 22(6), 1–12.
Fabrino, N. H. (2013). Turismo de Base Comunitária: dos conceitos às práticas e das práticas aos conceitos (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília, Brasília.
Franz, N.; Andreoli, C., & Silva, C. (2021). Gestão participativa, práticas de governança e o desenvolvimento sustentável em cidades turísticas de pequeno porte. EURE, 47(141), 95–115.
Karst, H. (2016). “This is a holy place of Ama Jomo”: buen vivir, indigenous voices and ecotourism development in a protected area of Bhutan. November Journal of Sustainable Tourism, 25(6), 1–17.
Kauark, F. et al. (2010). Metodologia da pesquisa: guia prático. Itabuna: Via Litterarum.
Leite, J., & Dinnebier, F. (2017). Estado de direito ecológico: conceito, conteúdo e novas dimensões para a proteção da natureza. São Paulo Instituto: Inst. O Direito por um Planeta Verde.
Loureiro, C., & Cunha, C. (2008). Educação ambiental e gestão participativa de Unidades de Conservação: elementos para se pensar a sustentabilidade democrática. Ambiente & Sociedade, 11(2), 237–253.
Loureiro, C., & Cunha, C. (2016). Educação ambiental e gestão participativa de Unidades de Conservação. Revista Prâksis, 1(1), 35–42.
Lúcio, S. (2013). Gestão participativa e conflitos socioambientais em áreas protegidas no Cerrado mineiro: a pecuária de solta na RDS Veredas do Acari/MG (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Brasília.
Mazzei, K.; Colesani, M., & Santos, D. (2007). Áreas verdes urbanas, espaços livres para o lazer. Revista Sociedade & Natureza, 19(1), 33–43.
Medeiros, V. C. (2019). Turismo e economia solidária: experiências comunitárias e processo de desenvolvimento na perspectiva do eu coletivo nas praias de Batoque e Canto Verde – Ceará – Brasil (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Mendonça, F., & Talbot, V. (2014). Participação social na gestão de Unidades de Conservação: uma leitura sobre a contribuição do Instituto Chico Mendes. Biodiversidade Brasileira, 4(1), 211–234.
Mendonça, R. (2001). Turismo ou meio ambiente: uma falsa oposição? In: LEMOS, A. I. G. (Org.). Turismo: impactos socioambientais. São Paulo: Hucitec
Minayo, M. (2012). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Contexto.
Nóbrega-Therrien, S., & Therrien, J. (2004). Os trabalhos científicos e o estado da questão: reflexões teórico-metodológicas. Estudos em avaliação educacional, 15(30), 1–19.
Oliveira, E. O. (2022). Gestão participativa democrática: impasses, conquistas e desafios. Barbarói Revista do Departamento de Ciências Humanas, 1(61), 34–52.
Oliveira, E., & Manso, J. R. P. (2010). Turismo sustentável: utopia ou realidade? Tékhne — Revista de Estudos Politécnicos, 14(1), 235–253.
Paiva, N., & Araújo, M. (2013). Gestão participativa e ecoturismo em Unidades de Conservação: a voz da comunidade através do Conselho Gestor. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 6(4), 134–139.
Polit, D.; Beck, C., & Hungler, B. (2017). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. São Paulo: Artmed.
Queiroz, E., & Vallejo, L. (2017). Uso público em Unidades de Conservação — entre o ideal e o real. Revista Eletrônica Uso Público em Unidades de Conservação, 5(9), 34–59.
Rangel, L.; Sinay, L. (2019). Ecoturismo como ferramenta para criação de Unidades de Conservação no estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(4), 563–580.
Rodrigues, A. (2003). Ecoturismo no Brasil: possibilidades e limites. São Paulo: Editora Contexto.
Silva, J., & Maia, F. (2011). Organização local e gestão participativa do turismo em unidades de conservação: a difícil tarefa de integração no Parque Nacional do Catimbau (PE). Caderno Virtual de Turismo, 11(1), 36–48.
Silva, M. (2021). (Eco)turismo em unidades de conservação. Geografia em Questão, 14(1), 34–39.
Soares, A. S. (2019). Turismo e desenvolvimento no município de Maragogi/AL: um olhar sobre os processos de participação social, democracia e cidadania (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Tuan, Y. F. (1980). Topofilia. São Paulo: Ed. Difel.
Varajão, G., & Araújo, H. (2017). O desenvolvimento sustentável no âmbito das pesquisas científicas do turismo: da assimilação à crítica ao declínio do modismo no Brasil? Revista Turismo & Desenvolvimento, 27(28), 1733–1746.
Wanderley Filha, I.; Mazzolini, A., & Azevedo, F. (2017). Turismo comunitário e gestão participativa na RDS Estadual Ponta do Tubarão (RN): processos e perspectivas. Revista Brasileira de Ecoturismo, 10(2), 210–226.
Copyright (c) 2024 Mario Teixeira de Mendonça Neto, Marcos Antônio Leite do Nascimento
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores/investigadores que publicam na Ateliê do Turismo concordam com os seguintes termos:
1 - Direitos autorais.
Os autores/investigadores mantêm seus direitos autorais, embora concedam à Ateliê do Turismo, os direitos de exploração não exclusiva (reprodução, distribuição e publicidade). Concedem à Ateliê do Turismo o direito de primeira publicação de seu trabalho/pesquisa, que estará simultaneamente sujeito à licença indicada no ponto 2. Os autores podem estabelecer outros acordos adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado na Ateliê do Turismo, desde que haja um reconhecimento de sua publicação inicial nesta revista.
2 - Licença.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Esta licença permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato), dar o crédito apropriado ao (s) autor (es) / investigador (es) e revista, porém, não pode utilizar o material para fins comerciais. No caso de remixação, transformação ou criação a partir do artigo, não poderá distribuir o material modificado.
O (s) autor (es) / investigador (es), possuem autorização para distribuição pelos diversos meios a comunidade científica e acadêmica, bem como são estimulados a distribuir em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, tendo em vista que esse processo pode ocasionar alterações produtivas, como impacto da pesquisa e as devidas citações do trabalho publicado.