INCONSCIENTE E PLASTICIDADE
Catherine Malabou leitora de Freud
Resumo
Das tensões entre neurociências e psicanálise, interrogaremos a leitura de Malabou sobre Freud, feita através da plasticidade. Veremos que o inconsciente freudiano assinala um sujeito habitado pela consciência de seu descentramento. Apesar de Freud romper com muitos paradigmas, a leitura de Malabou indica que certos traumas podem resultar em alterações irreversíveis à subjetividade. Inserida na temporalidade, a plasticidade aponta ao problema do sofrimento psíquico, aplicável ao diagnóstico da atualidade. Reconfigurando a psicanálise à luz dos novos feridos e da crise ecológica, veremos como o humano é um acidente incontornável, e que encontra na plasticidade maneiras de receder, enformar, explodir e transformar as coisas, conferindo-lhes novas dimensões. Articulando na materialidade do cérebro modos de enfrentamento ao capitalismo, Malabou encontra na plasticidade uma nova relação com a negatividade. Redimensionando os projetos humanistas, ela ensina como é possível dizer se é o cérebro que resiste, explode, não quer ou não pode fazer mais.
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