HEGEL E AS ‘FORMAS GERAIS DO MOVIMENTO’

dialética como autocrítica das categorias no ‘Capital’ e nos Grundrisse de Marx

  • Erick Calheiros de Lima Universidade de Brasília

Résumé

O principal objetivo é mostrar que Marx compartilha com Hegel uma concepção de dialética como exposição autocrítica de categorias, uma concepção que é essencial para se entender o projeto de ‘crítica da economia política’ enquanto ‘crítica da ideologia.’ Primeiramente, desejo estabelecer, a partir de Hegel, a relação da dialética com a exposição crítica de determinada ciência (1). Em seguida, vou examinar a apropriação feita por Marx da ideia hegeliana de apresentação autocrítica das categorias científicas (2). Em terceiro lugar, recordarei o desenvolvimento da concepção de metodologia dialética nos Grundrisse (3). Finalmente, vou tentar conectar o conceito dialético de capital com a autocrítica da compreensão ideológica do valor, explorando algumas decorrências filosófico-políticas (4).

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Biographie de l'auteur

Erick Calheiros de Lima, Universidade de Brasília

Possui graduação (1998), mestrado (2002), doutorado (2006) e pós-doutorado (2008) em Filosofia pela UNICAMP e pela Universidade de Chicago (2016-2017), tendo realizado, como mestrando (2001) e doutorando (2003-2004), estágios de pesquisa em universidades e institutos na Alemanha. Foi professor adjunto da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pesquisador colaborador da UNICAMP. ATUALMENTE É PROFESSOR ADJUNTO IV (DE) no DEPARTAMENTO de FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE de BRASÍLIA (UnB). O trabalho de pesquisa enfatiza interfaces entre a filosofia social e a teoria das ciências humanas. O projeto em andamento gira em torno da retomada de elementos da teoria hegeliana da eticidade (1802-1821) em contextos contemporâneos de discussão, em especial no pensamento de Jürgen Habermas e Axel Honneth. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, Filosofia Política, Filosofia do Direito e História da Filosofia moderna e contemporânea. Principais interesses: antecedentes e legado da filosofia kantiana; relação entre Kant e o contratualismo, especialmente Hobbes e Rousseau; aspectos epistemológicos e ético-políticos do debate alemão pós-kantiano; filosofia teórica e prática de J. G. Fichte; evolução do projeto hegeliano; eticidade e direito em Hegel e a crítica ao contratualismo; Hegel e as teorias contemporâneas da justiça; intersubjetividade em um registro ?pós-metafísico?; questões acerca da Tradição Dialética (Platão, Hegel, Marx e Adorno); pragmatismo, epistemologia e linguagem; reformulação do paradigma crítico de racionalidade no pensamento pós-hegeliano. Desde 2016 é bolsista de produtividade do CNPq.

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Publiée
2020-07-08
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Artigos