OS DESCAMINHOS DA RAZÃO

uma leitura a partir de Habermas e de críticos da Modernidade

Palavras-chave: Modernidade. Razão. Sistema. Descaminhos. Positivismo.

Resumo

A proposta deste artigo é refletir sobre os rumos tomados pela razão moderna. No entanto, aqui não se trata de nutrir um discurso colérico contra a sistematização conceitual do Ocidente. Tem-se como prisma meditativo polemizar acerca da deterioração de uma razão do Esclarecimento que, em seus projetos iniciais, sustentou valores como liberdade, emancipação e perfectibilidade humana, todavia, com o passar dos séculos, instaurou a violência e a fúria contra o outro não-idêntico e externo ao “conceito abarcador”. Para concretizar o programa traçado neste texto, Habermas é o autor com o qual mais dialogo, entretanto, também evoco alguns pensadores críticos de uma Modernidade calculante, narcísica e biopolítica, esta que se opõe ao mundo circundante vital, fazendo da racionalidade um elemento unicamente a priori e, portanto, a-histórico.

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Biografia do Autor

Rodrigo Amorim Castelo Branco, Universidade de Brasília

Doutorando em Filosofia (Universidade de Brasília - UnB). Mestre em Filosofia (Universidade de Brasília - UnB, 2018). Licenciado em Filosofia (Universidade Católica de Brasília - UCB, 2011). Desenvolveu, durante o mestrado, textos acerca das modulações metafísicas na História da Filosofia a partir da Fenomenologia de Heidegger. Temas de interesse durante o mestrado: essência da verdade entre os gregos; predicação e cálculo na Modernidade; contramovimentos à metafísica na contemporaneidade; serenidade. Ao longo do Doutorado, ainda em curso, a pesquisa se direciona a temas como outridade erótica, a-tópica e "alter"-adora; ruptura e deslocamento do ego; dialética do des-astre (ferida e vulnerabilidade), vazio pungente (desinterioriza-dor) e negatividade; idiotismo, dêitico e personagem conceitual; parada, duração e delonga; desfactização, factização e refactização do ente; poética e estética do velamento; afabilidade, amabilidade (proto-amor) e serenidade (o habitar poético do humano); Terra e terrosidade, mundo e mundanidade; mão, manualidade e realidade analógica; mundo-do-Nós, entre-Nós e tempo-do-Nós (mais-do-menos-eu); solo, soleira e sustentação; re-petição enquanto acesso genuíno à História; fecho e fechamento; silêncio e escuta; hospitalidade e hostilidade edificante (dialética "hostis"); estranheza, estrangeiridade e o grande fora; coisas, malícia da coisas e não-coisas. Enquanto professor substituto do Departamento de Filosofia da UnB em 2019, lecionou "Introdução à Filosofia" para turmas de formação geral. Estudos e debates se concentraram nas convergências-divergências entre filosofia, religião, ciência, história e ação. Focaram em temas como liberdade, autonomia, utilidade, crise e fim da filosofia. Também lecionou "Estágio Pedagógico Supervisionado IV em Filosofia" para discentes do último período do curso. As discussões giraram em torno das possibilidades e dos limites de mediação do saber esotericamente filosófico a estudantes das escolas de massa do século XXI. Tendências de ensino e formação sob o prisma da autonomia moderna foram temas de diálogo durante o curso.

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Publicado
2023-10-17
Como Citar
Amorim Castelo Branco, R. (2023). OS DESCAMINHOS DA RAZÃO. Eleuthería - Revista Do Mestrado Profissional Em Filosofia Da UFMS, 8(14), 115 - 134. https://doi.org/10.55028/eleu.v8i14.15859
Seção
Artigos