REGIÃO FRONTEIRIÇA E EPIDEMIOLOGIA: ESTUDO DA ESPOROTRICOSE E SUA RELAÇÃO NA DINÂMICA DA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA

  • Laura Tathianne Ramos Araújo Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Walkiria Arruda da Silva Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Raquel Soares Juliano Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Palavras-chave: saúde pública, Sporothrix schenckii, zoonoses

Resumo

Fronteiras são espaços de permanências, e de passagens de diversas ordens: econômica, social, cultural, sanitárias, de circulação atmosférica, dentre outros. Em razão da especificidade das áreas fronteiriças e por se caracterizarem como regiões estratégicas para o controle de agravos, o desenvolvimento de políticas e ações direcionadas para essas regiões ganham caráter crucial nos programas de saúde de qualquer país. O artigo apresenta a discussão da epidemiologia em saúde, tendo como enfoque a esporotricose em área de fronteira, a fim de observar e avaliar o papel da proximidade entre os dois países e sua possível interferência no ciclo da doença.

Biografia do Autor

Laura Tathianne Ramos Araújo, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Médica Otorrinolaringologista pela Universidade Federal da Bahia, Mestranda em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Walkiria Arruda da Silva, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Médica Veteninária do Centro de Controle de Zoonoses de Corumbá-MS
Raquel Soares Juliano, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Médica Veterinária, Pesquisadora da Embrapa Pantanal.

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Publicado
2017-09-25
Seção
VI Seminário de Estudos Fronteiriços