TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO RURAL BRASILEIRO

A COMPLEXIDADE DE QUATRO EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS

  • Rodrigo Ozelame da Silva Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMADE-UFPR)
  • Bruna Schmidt Gemim Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMADE-UFPR)
  • Júlio Carlos Bittencourt Veiga Silva Especialista em Agroecologia da EMATER-PR e professor do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMADE/UFPR),

Resumo

Considerando que o rural brasileiro apresenta uma multiplicidade de ruralidades, este trabalho teve como objetivo principal compreender a complexidade dos fatores que influenciam no processo de transição agroecológica por meio da realização de estudo de caso, em quatro casos exemplares. Como considerações finais, sugere-se que, embora a indicação de um roteiro seja importante, a transição agroecológica nem sempre ocorre de forma linear. Logo é preciso internalizar a multidimensionalidade das questões socioambientais e propor alternativas que sejam construídas localmente.

Referências

ALTIERI, M. Agroecologia: as bases científicas da agricultura alternativa. 2. ed. Rio de Janeiro: PTA- FASE, 1989. 240 p.

ALTIERI, M. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. 3. ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Expressão Popular, 2012. 400 p.

BRANDENBURG, A. A colonização do mundo rural e a emergência de novos atores. Ruris, v. 4, n. 1, p. 167-194, mar., 2010a.

BRANDENBURG, A. Do rural tradicional ao rural socioambiental. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. 13, n. 2, p. 417-428, jul.-dez., 2010b.

BRASIL, Decreto Legislativo nº 2, de 3 de fevereiro de 1994. Aprova o texto da Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada na Cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 14 de junho de 1992. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 4 fev 1994.

CAPORAL, F. R. Em defesa de um Plano Nacional de Transição Agroecológica: compromisso com as atuais e nosso legado para as futuras gerações. Brasília: MDA/SAF, 2009. 35p.

COSTABEBER, J. A. Transição Agroecológica: do produtivismo à ecologização. In: CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e Extensão Rural: contribuições para a promoção do Desenvolvimento Rural Sustentável. Porto Alegre: [s.n.], 2004. 166 p.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2008.

FEIDEN, A.; BORSATO, A. V. Como eu começo a mudar para sistemas agroecológicos. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2011. 12 p.

GEILFULS, F. 80 herramientas para el desarollo participativo: diagnóstico, planificación, monitoreo, evaluación. San Salvador: Prochalate-IICA, 1997. 208 p.

GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 1. Ed. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2000. 370 p.

GLIESSMAN, S. R. The Framework for Conversion. In: GLIESSMAN, S. R.; ROSEMEYER, M. (Ed.). The conversion to sustainable agriculture: principles, processes, and practices. Boca Raton: Taylor and Francis Group, p. 3-14, 2010.

LEFF, E. Complexidade, interdisciplinaridade e saber ambiental. Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 14, n. 2, p. 309-335, 2011.

MACHADO, A. T.; SANTILI, J.; MAGALHÃES, R. A agrobiodiversidade com enfoque agroecológico: implicações conceituais e jurídicas. Brasília: Embrapa, 2008.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2011.

PEREZ-CASSARINO, J.; FERREIRA, A. D. D.; MAYER, P. H. Agricultura, campesinato e sistemas agroalimentares: uma proposta de abordagem para a transição agroecológica. Cronos: R. Pós-Grad. Ci. Soc. UFRN, Natal, v. 14, n. 2, p. 129-152, jul.-dez., 2013.

PIERRI, N. Análisis crítico del instrumento de evaluación de impacto ambiental: su aplicación en Uruguay. 2002. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002.

PLOEG, J. D. Camponeses e Impérios Alimentares: Lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2008. 376 p.

SCHMITT, C. Transição agroecológica e desenvolvimento rural: um olhar a partir da experiência brasileira. In: SAUER, S.; BALESTRO, M. (Org.). Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. São Paulo: Expressão Popular, p. 177-203, 2013.

SEVILLA-GUZMÁN, E. A perspectiva sociológica em Agroecologia. Revista da Emater/RS, v. 3, n. 1, p. 18-28, jan.-mar., 2002.

SEVILLA-GUZMÁN, E.; MONTIEL, M. S. Agroecología y soberanía alimentaria: alternativas a la globalización alimentaria. PH Cuadernos, p. 191-217, 2010.

SILVA, J. C. B. V. Ecologização do agricultor familiar: avançando desde uma transição ecoformadora. 2014. 276 p. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014.

STELLA, A.; KAGEYAMA, P. Y.; NODARI, R. Políticas públicas para a agrobiodiversidade. In: Agrobiodiversidade e diversidade cultural. Brasília: MMA/SBF, 2006.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. Rio de Janeiro: Cortez, 2011.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2015.

Publicado
2020-10-27