MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E TRATAMENTO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

CLINICAL MANIFESTATIONS, LABORATORY DIAGNOSIS AND PARACOCCIDIOIDOMYCOSIS TREATMENT: A NARRATIVE LITERATURE REVIEW

  • Vilmair Zancanaro UNIARP
  • Allan UNOESC
Palavras-chave: Paracoccioidomicose. Infecção fúngica. Manifestações Clínicas. Diagnóstico laboratorial.

Resumo

A Paracoccidioidomicose (PCM) é infecção fúngica causada pelo Paracoccidioides brasilensis. É uma infecção sistêmica, profunda e granulomatosa que pode ser adquirida por via inalatória, por lesões na pele ou nas mucosas. Possui maior prevalência no gênero masculino, cor branca, faixa etária entre 40 e 60 anos e principalmente em pessoas que exercem funções nas atividades rurais como agricultura e na jardinagem. Este estudo teve como objetivo realizar uma busca nas bases de dados sobre a doença, apresentando manifestações clínicas, diagnóstico laboratorial e tratamento. A PCM manifesta-se assintomática tendo como característica a presença de granulomas nos tecidos dos indivíduos acometidos. É necessário fazer o diagnóstico diferencial de algumas doenças como leishmaniose, tuberculose, criptococose, hanseníase, toxoplasmose, dentre outras enfermidades que possuem características similares ao da PCM. Para o diagnóstico, a técnica é a coleta a fresco do material biológico como o escarro. O tratamento consiste em avaliar a forma clínica apresentada pelo paciente, entretanto os antifúngicos são a classe de medicamentos de primeira escolha para o tratamento. Esta pesquisa ampliou o conhecimento sobre o tema, possibilitando a viabilidade desta enfermidade pouco comentada, pois este ainda se há dificuldades para ser diagnosticada em pacientes, sabendo que a PCM é caracterizada por ser uma doença assintomática, alertando não somente aos profissionais da saúde, mas a população em geral sobre a existência da mesma, cogitando a possibilidade de que se pode haver  existência de casos em indivíduos em cidades de menor porte, como é o exemplo de Videira - SC.

Referências

1. Silva MACN, et al. Paracoccidioidomicose pulmonar com manifestações orais: relato de caso. NewsLab. 2015; 127:66-8.

2. Volpato MCPF. et al. Distribuição Espacial dos Casos de Paracoccidioidomicose com Manifestações Bucais no Estado de Mato Grosso, Brasil. Rev Odontol Bras Central. 2016; 25(72).

3. Santos LA, Grisolia JC, DE Oliveira AM. Paracoccidioidomicose: Os desafios do diagnóstico e tratamento. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. 2019; v. 17, n. 1.

4. Shikanai-Yasuda MA, et al. II Consenso Brasileiro em Paracoccidioidomicose-2017. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 27, p. e0500001, 2018.

5. Martinez, R. Epidemiology of Paracoccidioidomycosis. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 2015; v. 57 Suppl 1, p. 11–20.

6. Millington MA, et al. Paracoccidioidomicose: abordagem histórica e perspectivas de implantação da vigilância e controle. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília.2018; 27(núm. esp.):e0500002.

7. Mendes RP, et al. Paracoccidioidomycosis: Current Perspectives from Brazil. The Open Microbiology Journal. 2017; v.11, p.224-282.

8. Goldani LZ.; WIRTH F. Animal models and antifungal agents in paracoccidioidomycosis: an overview. Mycopathologia. 2017. v. 182, n. 7-8, p. 633-643.


9. BRASIL, Ministério da Saúde, Paracoccidioidomicose, 2018. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/paracoccidioidomicose. Acesso em: 06/04/2020.

10. Júnior EGJ, Monti LM GJ, Ellen C. Etiologia, epidemiologia e manifestações clínicas da paracoccidioidomicose. Archives of Health Investigation. 2016; v. 5, n. 2.


11. Ikuta CRS, et al. Paracoccidioidomicose crónica: caraterísticas intraorais em um relato de caso clínico. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. 2015; v. 56, n. 4, p. 246-250.


12. De Melo JA; VIEIRA, HEE, De Oliveira KP. Paracoccidioidomicose: descrição das espécies e a morbidade da doença. Journal of medicine and Health Promotion. 2(4):801-809, 2017.


13. De Souza MCA, et al. Cuidado resolutivo de paracoccidioidomicose em uma Unidade Básica de Saúde: Relato de caso. Revista Brasileira De Medicina De Família E Comunidade. 2018; v. 13, n. 40, p. 1-7.


14. Nogueira MG dos S, Andrade GMQ. Paracoccidioidomicose em crianças e adolescentes. Rev Med Minas Gerais. 2015; 25(2): 249-257.


15. Pedroso RK; REINHEIMER SKY. Paracoccioidomicose com evolução fatal em adolescente do Pantanal Sul-mato-grossense: Residência Pediátrica; 2018.


16. Mendonça, JA, et al. Achados ultrassonográficos osteomusculares na paracoccidioidomicose. Revista Brasileira de Reumatologia. 2016; v. 56, n. 1, p. 75-78.
Publicado
2022-04-23