ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS DOS ACIDENTES OFÍDICOS OCORRIDOS NOS ESTADOS DE ALAGOAS E DE PERNAMBUCO
Resumo
Este artigo teve por objetivo analisar os principais aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos ocorridos nos estados de Alagoas e de Pernambuco no período de 2007-2019. Para isso, foram analisados os acidentes ofídicos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Dos 4.287 acidentes registrados em Alagoas e dos 10.464 acidentes ofídicos registrados no Estado de Pernambuco, o gênero Bothrops causou 31,16% e 32,09% dos acidentes, respectivamente. A faixa etária de 20 a 39 anos (37,03% em Alagoas 34,41% e em Pernambuco) e o sexo masculino (73,5% em Alagoas e 71,85% em Pernambuco) foram os mais acometidos. A taxa de óbitos foi de 0,08% (Alagoas) e 0,52% (Pernambuco) e 92,52% dos casos em Alagoas e 87,64% dos casos em Pernambuco evoluíram para cura. O estado de Pernambuco revelou um perfil de alta incidência e letalidade em relação aos resultados obtidos em Alagoas. Com base nesse fato, é necessário fortalecer as intervenções educativas em saúde, especialmente em áreas com maior incidência de acidentes ofídicos.
Referências
2. Oliveira RC, Wen FH, Sifuentes DN. Epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos. In: Cardoso JL, Haddad-Jr V, França FOS, Wen FH, Malaque CMS, editors. Animais peçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica. São Paulo: Sarvier; 2009. p. 6-21.
3. Chippaux JP. O envenenamento por picada de cobra torna-se novamente uma doença tropical negligenciada! Toxinas de Veneno Anim Incl Trop Dis. 2017;23(1):38.
4. Roris KRPS, Zaqueo KD, Setubal SS, Katsuragawa TH, Silva RR, Fernandes CFC, et al. Epidemiological study of snakebite cases in Brazilian Western Amazonia. Rer Soc Bras Med Trop. 2018;51(3):338-346.
5. Barbosa IR. Clinical and epidemiological aspects of accidents caused by venomous animals in the Rio Grande do Norte State. Rev Ciência Plural. 2015;1(3):2-13.
6. Lima ACSF, Campos CEC, Ribeiro JR. Perfil epidemiológico de acidentes ofídicos do Estado do Amapá. Rev Soc Bras Med Trop 2009; 42(3):329-335.
7. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) [Internet]. [Citado 2020 04 de abril]. Casos de acidentes por serpentes. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas, 2007 a 2019.
8. Barbosa IR, Medeiros WR, Costa ICC. Distribuição espacial dos acidentes por animais peçonhentos no estado do Rio Grande do Norte-Brasil no período de 2001-2010. Caminhos de Geografia Uberlândia. 2015;16(53):55–64.
9. Lemos JC, Almeida TD, Fook SML, Paiva AA, Simões MOS. Epidemiologia dos acidentes ofídicos notificados pelo Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande (Ceatox-CG), Paraíba. Rev bras epidemiol. 2009;12(1):50-59.
10. Melgarejo AR. Serpentes peçonhentas do Brasil. In: Cardoso JL, Haddad-Jr V, França FOS, Wen FH, Malaque CMS. Animais peçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica. Animais peçonhentos do Brasil: biologia, clínica e terapêutica. São Paulo: Sarvier; 2009. p. 42-70.
11. Oliveira HFA, Barros RM, Pasquino, JA, Peixoto LR, Sousa JA, Leite RS. Snakebite cases the municipalities of the State of Paraíba, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2013;46(5): 617-624.
12. Brasil. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
13. Instituto de Geografia e Estatística. Censo 2015. IBGE. Disponível em:
14. Nascimento LS, Júnior UR, Braga JR. Perfil epidemiológico do ofidismo no estado da Bahia–Brasil (2010-2015). South American Journal of Basic Education, Technical and Technological. 2017;4(2):4-16.
15. Brito AC, Barbosa IR. Epidemiologia dos acidentes ofídicos no Estado do Rio Grande do Norte. ConScientiae Saúde. 2012;11(4):535-542.
16. Warrell DA. Snake bite. Lancet. 2010;375(9708):77–88.
17. Mise YF, Lira-da-Silva RM, Carvalho FM. Time to treatment and severity of snake envenoming in Brazil. Rev Panam Salud Publica.2018;42:1-6.
18. da Silva CJ, Jorge MT, Ribeiro LA. Epidemiology of snakebite in a central region of Brazil. Toxicon 2003;41(2):251–5.
19. Bochner R, Fiszon JT, Machado C. A profile of snake bites in Brazil, 2001 to 2012. J Clin Toxicol. 2014;4(3):1–7.
20. Cardoso DC, Cristiano MP, Raymundo MS, Costa S, Zocche JJ. Epidemiology and injuries (1994–2005) resulting from poisonous animals in southern Santa Catarina State, Brazil. J Public Health. 2007;15(6):467-472.
21. Costa DB. Acidentes Ofídicos em Campina Grande: Dados Epidemiológicos, Biológicos, Laboratoriais e Clínicos. [monografia] Centro de Ciência Biológica e da Saúde, Universidade Federal de Campina Grande – PB, 2012. 29 p.
22.Marília Millena Remígio da Costa, Edilberto Souza Costa, David Henrique Vieira Vilaça, Gleydson Oliveira da Silva, Lorenna Pereira Pires, Wesley Sandro Gomes de Carvalho, et al. Acidentes ofídicos: perfil epidemiológico na mesorregião do sertão Pernambucano, Brasil. Braz. J. Hea. Rev. 2018;1(1):245-251.
23. Oliveira FN, Brito MT, Morais ICO, Fook SML, Albuquerque HN. Accidents caused by Bothrops and Bothropoides in the State of Paraiba: epidemiological and clinical aspects. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(6):662-667.
24. Nodari FR, Leite ML, Nascimento E. Aspectos demográficos, espaciais e temporais dos acidentes escorpiônicos ocorridos na área de abrangência da 3ª regional de saúde - Ponta Grossa, PR, no período de 2001 a 2004. Publ UEPG Cienc Biol Saúde. 2006;12(1):15-26.
25. Mise YF, Lira-da-Silva RM, Carvalho FM. Fatal Snakebite Envenoming and Agricultural Work in Brazil: A case-Control Study. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. 2019;100(1):150-154.
Declaro que os conteúdos apresentados nos artigos e demais trabalhos são de minha autoria e tenho total responsabilidade sobre os mesmos, os quais estou cedendo os direitos autorais à Revista Saúde e Meio Ambiente, para fins de divulgação científica em qualquer meio disponível.