Condições habitacionais e de saúde da comunidade remanescente de Quilombo Mangueiras, Ilha do Marajó, Pará, Brasil

  • Regiane Padilha dos Santos Universidade Federal do Pará
  • Samara Avelino de Souza França Universidade Federal do Pará
  • Amanda de Nazaré Franco Arede Universidade Federal do Pará
  • Edson Marcos Leal Soares Ramos Universidade Federal do Pará
Palavras-chave: Grupo com Ancestrais do Continente Africano, Vulnerabilidade Social, Saneamento básico, Condições de saúde.

Resumo

O objetivo desse estudo é expor as condições de saúde e habitação dos moradores da comunidade remanescente de quilombo Mangueiras, localizada na Ilha do Marajó, Pará. Trata-se de um estudo descritivo transversal de caráter quanti-qualitativo, realizado no ano de 2015, analisados a partir da descritiva de dados. Foram entrevistados 110 residentes na faixa etária de 19 a 45 anos. A maior parte dos habitantes avaliou seu estado de saúde como regular e relataram serem hipertensos. Suas residências são de madeira e seus domicílios são abastecidos pela rede elétrica dispondo de fossa rudimentar e a maioria dos resíduos são queimados. A maioria dos residentes em estudo possui baixo grau de instrução, as condições de habitação configuram um cenário em que há acesso à água encanada e tratada, sanitário e encaminhamento dos dejetos para fossas sépticas. Muitos consideram seu estado de saúde regular, devido às doenças respiratórias, obesidade e hipertensão, sendo que a maioria não conhece os fatores de riscos para o surgimento ou agravamento destas e outras doenças. A realidade da maioria das comunidades remanescentes de quilombos ainda é envolta por um cenário de baixa escolaridade e ausência ou carência de acesso aos serviços de saúde e saneamento.

Biografia do Autor

Regiane Padilha dos Santos, Universidade Federal do Pará
Bacharel em nutrição pela Universidade Federal do Pará, atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará. Desenvolve estudos em populações tradicionais, especificamente os quilombolas e em população indígena. 
Publicado
2020-05-01