“Luto por justiça, pelo fim da impunidade, pela democracia, igualdade, liberdade e justiça”: a luta e a resistência de uma baiana pela anistia

  • Ary Albuquerque Cavalcanti Junior Universidade Federal da Grande Dourados

Abstract

O presente artigo busca apresentar brevemente a trajetória politica de Diva Santana, ex-presidente do grupo Tortura Nunca Mais-Bahia, cuja vida ganhou novo rumo apos a inserção de sua irmã Dinaelza Coqueiro na Guerrilha do Araguaia em 1973. Atuante politica ate os dias atuais, além de buscar reparação e encontrar os restos mortais de sua irmã, luta por justiça, uma justiça na qual enquadramos em transição. Dessa forma, levando em consideração as subjetividades dos relatos, algo permeado pela metodologia da historia oral, buscamos brevemente representar as memorias, seus confrontos e ressignificações a partir do que nos traz Diva Santana.

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Author Biography

Ary Albuquerque Cavalcanti Junior, Universidade Federal da Grande Dourados
Doutorando em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Mestre em História Regional e Local pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) realizo estudos voltados para as "Ditaduras" que ocorreram na América Latina ao longo do século XX, tendo como foco a ação e a resistência de mulheres no período relacionado ao Brasil a partir do golpe de 1964. Também desenvolvo estudos sobre a historiografia ditatorial, história das mulheres, relações de gênero e ensino. Atualmente faço parte dos grupos de pesquisa História Oral e Memória; Estudos do Tempo Presente - ligados ao Programa de Pós Graduação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Memórias, Ditaduras e Contemporaneidades ligado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Published
2017-11-04
How to Cite
CAVALCANTI JUNIOR, A. A. “Luto por justiça, pelo fim da impunidade, pela democracia, igualdade, liberdade e justiça”: a luta e a resistência de uma baiana pela anistia. albuquerque: journal of history, v. 9, n. 17, 4 Nov. 2017.
Section
Dossiê: História, democracia e diferenças: os Direitos Humanos na contemporaneidade