ROTATIVIDADE DE PESSOAL EM CARGOS INTERMEDIÁRIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Um estudo de caso dos Técnicos Administrativos na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a rotatividade na carreira técnico-administrativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, discutindo os impactos administrativos e financeiros provocados por esse fenômeno. O estudo toma por definição de rotatividade o movimento de entrada e saída de servidores da organização, que, quando detectado em altos níveis, pode estar relacionado com problemas em gestão de pessoas, dificultando a retenção e o engajamento dos trabalhadores. A rotatividade tem um potencial nocivo no serviço público, já que promove desperdício de recursos públicos, tornando necessária realização de novos concursos para a admissão de servidores e comprometendo a qualidade dos serviços prestados. Para a pesquisa foram analisados dados de desligamentos nos cargos da carreira técnico-administrativa na UFMS ocorridos no período de janeiro/2015 a dezembro/2019. A análise baseou-se em bibliografia sobre orçamento e gestão de pessoas, além de estudos semelhantes realizados em outras Instituições Federais de Ensino. A pesquisa demonstrou que aproximadamente 60% dos desligamentos voluntários no período foram solicitados por servidores que sequer haviam adquirido a estabilidade, demonstrando fragilidades nos processos de seleção e retenção de servidores. Assim, faz-se necessário um olhar mais cuidadoso com a questão, pois suas consequências são danosas para a Administração Pública.