DESENVOLVIMENTO ÁGIL E O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO: Evidências de um estudo de caso brasileiro

  • Victor Fraile Sordi Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Valder Lemes Zacarkim Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-SC)
Palavras-chave: Gestão do Conhecimento, Inovação, Aprendizagem Organizacional, Reuniões de Retrospectiva, Melhoria Contínua

Resumo

Consideradas organizações intensivas em conhecimento as empresas de tecnologia da Informação (TI) buscam inovação contínua em seus produtos para criar soluções, cada vez mais ajustadas e personalizadas, às diferentes necessidades de seus clientes. Para tanto, necessitam criar novos conhecimentos, de maneira sistemática e ágil, com o intuito de se manterem competitivas num mercado dinâmico, permeado por mudanças rápidas e constantes. Este artigo buscou investigar, sob a ótica da teoria da criação do conhecimento organizacional, como acontecem os processos de criação de conhecimento em uma empresa de TI brasileira. Os resultados sugerem que a criação de conhecimento no contexto estudado é baseada na dinâmica do desenvolvimento ágil, com a busca constante pela resolução de falhas, inconsistências, erros, tão logo quanto possível, através de feedback contínuo. O estudo identificou ainda que os processos de criação de conhecimento no contexto estudado dependem fundamentalmente: (a) da qualidade da base de conhecimento organizacional, (b) da manutenção de uma cultura cooperativa e aberta aos erros e (c) de utilização de ferramentas úteis e eficientes no processo produtivo.

Referências

CHARMAZ, Kathy. A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Bookman, 2009.

CHEN, Andrew NK; EDGINGTON, Theresa M. Assessing value in organizational knowledge creation: considerations for knowledge workers.MIS quarterly, p. 279-309, 2005.

DALKIR, Kimiz. Knowledge management in theory and practice. Routledge, 2013.

DOROW , Patrícia Fernanda; CALLE, Guillermo Antonio Dávila; RADOS, Gregório Jean Varvakis. O Ciclo de conhecimento como gerador de valor: Uma proposta integradora. Revista Espacios, v. 36, n. 12, p.126, 2015.

HEISIG, Peter. European guide to good practice in knowledge management.IPK, Berlin, 2002.

LIEBOWITZ, Jay; WILCOX, Lyle C. Knowledge management and its integrative elements. CRC Press, 1997.

NADAI, Fernanda C. de. Uma análise crítica do termo organizações intensivas em conhecimento. Revista GEPROS, n. 3, p. Pag. 97, 2006.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

NONAKA, lkujiro; TAKEUCHI, Hirotaka; UMEMOTO, Katsuhiro. A theory of organizational knowledge creation. International Journal of Technology Management, v. 11, n. 7-8, p. 833-845, 1996.

NONAKA, Ikujiro; VON KROGH, Georg; VOELPEL, Sven. Organizational knowledge creation theory: Evolutionary paths and future advances. Organization studies, v. 27, n. 8, p. 1179-1208, 2006.

NONAKA, Ikujiro; VON KROGH, Georg. Perspective-tacit knowledge and knowledge conversion: Controversy and advancement in organizational knowledge creation theory. Organization science, v. 20, n. 3, p. 635-652, 2009.

SHEEHAN, Norman T.; STABELL, Charles B. Discovering new business models for knowledge intensive organizations. Strategy & Leadership, v. 35, n. 2, p. 22-29, 2007.

SCHWABER, Ken. Agile project management with Scrum. Microsoft Press, 2004.

TAYLOR, Steven J.; BOGDAN, Robert. Introduction to qualitative research methods: A guidebook and resource. John Wiley & Sons Inc, 1998.

TISE, Ellen R.; RAJU, Reggie. Open Access: a new dawn for knowledge management. 2013.

Publicado
2019-09-03
Como Citar
SORDI, V. F.; ZACARKIM, V. L. DESENVOLVIMENTO ÁGIL E O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO: Evidências de um estudo de caso brasileiro. Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação (EIGEDIN), v. 3, n. 1, 3 set. 2019.
Seção
EIXO 3 - Artigo Completo - Gestão de Organizações Públicas e Políticas Públicas