INTERAÇÕES SOCIAIS NA MODERNIDADE LÍQUIDA
Relações dirigidas segundo uma lógica de mercado
Abstract
O presente artigo possuí como objetivo avaliar os modos de interação humana na modernidade líquida. Para tal, utilizou-se das obras de Bauman para caracterizar esses modos de interação. Portanto, o texto percorrera pelo processo que se constitui a sociedade moderna até o presente momento da modernidade líquida assinalando suas diferenças no tocante aos devidos conceitos. Definindo um indivíduo subjetivado pelo mercado e formatado em um indivíduo privado, consumista e cerceado do meio social. As relações modernas tornam-se determinadas por um estado de obsolescência, onde a permanência não está em voga. Ainda, a disposição de verificar-se o custo benefício das relações, as suspeitas mediante ao outro e o fracasso do indivíduo em buscar uma autoafirmação premedita tais condições. Assim, o texto procura desenhar esse indivíduo em processo de fragilização dos vínculos cuja atomicidade repercute em um sentimento de inconstância e desamparo mesclado a necessidades narcísicas do consumo. Com isso, o que é afirmado na modernidade liquida é o indivíduo pan-pós óptico, cuja natureza empreende e investe em si. Esse indivíduo consumidor, não somente consome objetos, mas ideais, padrões inconstantes que se tornam inválidos mediante ao novo e objetificam as relações humanas sobre o escopo do fetiche da mercadoria.