O QUE SENTE O PROFESSOR?
Um estudo dos afetos a partir da Teoria Crítica da Sociedade
Abstract
Esta pesquisa artigo propõe uma reflexão sobre os afetos no exercício docente e nas relações afetivas no espaço escolar, considerando as contradições presentes na educação contemporânea. A escola, idealizada como espaço de desenvolvimento humano e crítico, muitas vezes se vê imersa em práticas marcadas pela competitividade, indiferença à diversidade e reprodução de violências simbólicas. Com base na Teoria Crítica da Sociedade, especialmente nos pensamentos de Adorno e Horkheimer, problematiza-se o papel da escola na reprodução das estruturas sociais e econômicas dominantes. A metodologia adota é a pesquisa qualitativa. Destaca-se que a pesquisa encontra-se em desenvolvimento. A partir de conceitos como semiformação e razão instrumental, discute-se como a educação pode tanto contribuir para a emancipação quanto para a manutenção da barbárie. Dialogando com a filosofia dos afetos de Spinoza o trabalho destaca a importância dos afetos na constituição subjetiva dos docentes e nas dinâmicas escolares. Os afetos, compreendidos como potências que ampliam ou diminuem a capacidade de agir, são analisados em sua dimensão ética, social e política. Assim, argumenta-se que a construção de relações afetivas autênticas é fundamental para uma educação verdadeiramente emancipatória e humanizadora.
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