Interseccionalidade como categoria de análise na Revista Estudos Feministas (1992-2019)

Intersectionality as analyze category in Revista Estudos Feministas (1992-2019)

  • Janai Harin Lopes Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Gênero; Interseccionalidade; Interseccional; Historiografia.

Resumo

Este artigo tem por objetivo sistematizar a aplicação da interseccionalidade como categoria de análise nos trabalhos publicados na Revista Estudos Feministas (UFSC) no propósito de compreender a historicidade do termo, tal qual a trajetória dessas reflexões e o modo como elas foram sendo feitas no cenário brasileiro, a partir de uma revista explicitamente engajada com os estudos de gênero e com a teoria feminista. Como metodologia, se utilizou a ferramenta de busca da REF, que possui todo o seu acervo online, para que fossem selecionados os termos específicos focalizados nessa pesquisa, sendo eles interseccionalidade, interseccional, intersecção e intersecções.

Biografia do Autor

Janai Harin Lopes, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduada em História pela UFMS/CPTL. Mestranda em História pela UFSC

Referências

AZERÊDO, Sandra. Teorizando sobre gênero e relações raciais. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, nº especial, 1994, p. 203-216.

AUAD, D; CORSINO. Feminismos, interseccionalidades, e consubstancialidades na Educação Física Escolar. Estudos Feministas, Florianópolis, 26(1): e42585, janeiro/abril/2018.

BALLESTRIN, Luciana. Feminismos subalternos. Estudos Feministas, Florianópolis, 25(3): 530, v.13, n.3, 1035-1054, setembro-dezembro 2017.

BLACKWELL, M; NABER, N. Interseccionalidade em uma era de globalização: as implicações da conferência mundial contra o racismo para as práticas feministas transnacionais. Estudos Feministas, Florianópolis, v.10, n.1, 1º semestre 2002.

BONAN, Ruthie et al. Novos diálogos dos estudos feministas da deficiência. Estudos Feministas, Florianópolis, 27(1): e48155, janeiro-abril/2019.

COSTA, Albertina de Oliveira. Revista Estudos Feministas: Primeira fase, locação Rio de Janeiro. Estudos Feministas, Florianópolis, vol.12, n. º especial/2004.

COSTA, C; ÁVILA, E. Gloria Anzaldua, a consciência mestiça e o “feminismo da diferença”. Estudos Feministas, v.13(3): 69-703, setembro-dezembro, 2005.

CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory, and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, 14, 1989, p. 538–54.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos a gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v.10, n.1, 1º semestre 2002.

CRENSHAW, Kimberlé. “Mapping the margins: intersectionality, identity politics and violence against women of color”. In: Fineman, Martha Albertson & Mykitiuk, Roxanne (orgs.). The public nature of private violence. Nova York, Routledge, 1994, pp. 93-118.

CÚNICO, Sabrina Daiana; STREY, Marlene Neves; COSTA, Angelo Brandelli. “Quem está no comando? Mulher de bandido e os paradoxos da submissão”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 2, e54483, 2019.

DELL’AGLIO, Daniela Dalbosco; MACHADO, Paula Sandrine. Trajetórias e experiências: o sujeito político feminista sob a perspectiva interseccional. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 2, e48556, 2019.

FERRARA, Jéssica Antunes. Diálogos entre Colonialidade e Gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 2, e54394, 2019.

GONZALEZ, L.; HASENBALG, C., Lugar de Negro. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1982.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Ciências Sociais Hoje, 2 Movimentos Sociais Urbanos, Minorias Étnicas e Outros Estudos ANPOCS, 1983.

GROSSI, Miriam Pillar. A revista estudos feministas faz 10 anos: uma breve história do feminismo no Brasil. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(N.E): 211-221, setembro-dezembro/2004.

HIRATA, Helena. Gênero raça e classe: Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, São Paulo, v.26, n.1.

KERNER, Ina. Tudo é insterseccional? Sobre a relação entre racismo e sexismo. Tradução por Bianca Tavolari. Novos estudos [online]. Ed. 93, v. 31, n.2, jul./2012.

MAGLIANO, M. J. Interseccionalidade y migraciones: potencialidades y desafios. Estudos Feministas, Florianópolis, 23(3), setembro-dezembro/2015.

MINELLA, L. S.; LAGO, M. C. S.; RAMOS, T. R. O. Editorial. Estudos Feministas, Florianópolis, 25(3): 993-1000, setembro-dezembro/2017.

MINELLA, L. S.; LAGO, M. C. S.; RAMOS, T. R. O. Editorial. Estudos Feministas, Florianópolis, 26(1): e26011, janeiro-abril/2018.

MINELLA, Luzinete Simões. Fazer a REF é fazer política: memórias de uma metamorfose editorial. Estudos Feministas, Florianópolis, 16(1): 105-116, janeiro-abril/2008.

MINELLA, L. S. Medicina e feminização das universidades brasileiras: o gênero nas intersecções. Estudos Feministas, Florianópolis, 25(3): 530, setembro-dezembro/2017.

MUÑOZ-CABRERA, Patricia. Justiça de gênero na análise feminista de políticas públicas em Argentina, Brasil, Chile. Estudos Feministas, Florianópolis, 26(3), e58565, 2018.

ONETO, Fernanda Maria Chacon. “Hacia una reconceptualización del acoso callejero”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 3, e57206, 2019.

PEDRO, J. M.; FUNCK, S. B. Editorial. Estudos Feministas, Florianópolis, 13(3): 479-482, setembro-dezembro/2005.

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi (Rio J.) [online]. 2011, vol.12, n.22, pp.270-283.

RODRIGUES, Cristiano. Atualidade do conceito de interseccionalidade para a pesquisa e prática feminista no Brasil. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2013. ISSN 2179-510X

PISKORSKI, Rodolfo. Círculos viciosos: intersecções de gênero e espécie em A Fonte da vida, de Darren Aronofsky. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(3): 496, setembro-dezembro/2013.

REA, C. A. Redefinido as fronteiras do pós-colonial. O feminismo cigano no século XXI. Estudos Feministas, Florianópolis, 25(1): 422, janeiro-abril/2017.

REA, C. A. Descolonização, feminismos e condição queer em contextos africanos. Estudos Feministas, Florianópolis, 26(3): e4843, setembro-dezembro/2018.

SCAVONE, Lucila. Perfil da REF dos anos 1999-2012. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(2): 587-596, maio-agosto/2013.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, jul./dez. 1995. pp. 71-99.

THÉBAUD, Françoise. Políticas de gênero nas Ciências Humanas. O exemplo da disciplina história na França. Espaço Plural, Ano X, n.21, p.33-42, 2º semestre 2009.

TUBAY, Fanny Monserrate Tubay. “Estereotipos de género: Perspectivas en profesiones artesanales de Portugal”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 2, e54182, 2019.

VARELLA, Flávia Florentino. Limites, desafios e perspectivas: a primeira década da revista História da Historiografia (2008-2018). Hist. Historiogr., v.11, n.28, set-dez, ano 2018, p.219-265.

WESCHENFELDER, Viviane Inês; FABRIS, Elí Terezinha Henn. “Tornar-se mulher negra: escrita de si em um espaço interseccional”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 3, e54025, 2019.

FONTES

Revista Estudos Feministas – Disponível em <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref>. Acervo do IEG/UFSC/Florianópolis.

Publicado
2020-07-01